Entrou em funcionamento, no Hospital Central de Maputo (HCM), o primeiro Banco de Leite Humano (BLH) na história de Moçambique. Surge numa altura em que a taxa do aleitamento materno exclusivo é estimada em 55 porcento, muito pouco para as aspirações do Ministério da Saúde (MISAU). Este queixa-se do facto de estar a ser difícil a sociedade perceber a relevância de as mães amamentarem os seus filhos até pelo menos dois anos.
O leite humano que for doado vai beneficiar parte de bebés “socialmente vulneráveis, graves internados na Neonatologia, mormente os bebés prematuros.”
Os recém-nascidos gravemente doentes, cujas mães estão impossibilitadas de amamentar por motivos de saúde, ou não produzem leite suficiente para alimentarem os seus filhos e também em casos de morte materna precisam de leite materno, explicou a ministra da Saúde, Nazira Abdula.
Cientificamente, é incontestável que o leito materno é um alimento adequado para os bebés, protege-os contra as doenças diarreicas, “é fácil de digerir, não causa alergia, ajuda a controlar contra as infecções, faz com que a criança cresça forte e saudável”, entre outras vantagens.
Inaugurado, na última sexta-feira (26), a infra-estrutura de raiz foi construída no recinto da Urgência de Pediatria do HCM.
A governante disse que, não obstante o leite materno ser um alimento completo, sem custos para a família, nem todas as mães conseguem amamentar os seus filhos.
Um dos desafios do BLH é assegurar que o leite doado chegue aos bebés sem riscos para a saúde dos mesmos e seja de qualidade e quantidade desejadas. Toda a mulher saudável que esteja a amamentar, produzindo leite em quantidade suficientes ou superior às exigências de seu filho, pode fazer a doação livremente.
Nazira Abdula apelou às unidades sanitárias para que apoiem as equipes móveis do HCM criadas para a colecta do leite materno.
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