Com o suporte da concessionária dos terminais de contentores e de carga geral do Porto da Beira, Cornelder de Moçambique SA, a editora Marimbique lança, no próximo dia 8 de Novembro, quinta-feira, às 18:30 horas, no átrio do Museu dos CFM, em Maputo, o livro de memórias de Nely Nyaka (Vovó Nely), intitulado “Mahanyela – A Vida na Periferia da Grande Cidade”.
Este livro - que conta uma história inspiradora, de uma notável senhora, que até os dias de hoje se destaca pelo seu activismo social profundo, passando experiências encorajadoras, vividas na família e na comunidade que influenciou - é uma herança valiosa para todos aqueles que o poderão ler. Por isso e também pelo reforço a literatura moçambicana, a Cornelder de Moçambique, no âmbito da sua política de responsabilidade social, apoia orgulhosamente a publicação deste trabalho que valoriza também a contribuição da mulher moçambicana para o desenvolvimento do País.
Nely Nyka nasceu no dia 2 de Novembro de 1920, na Catembe. O seu activismo social começou cedo, primeiro no seio da Igreja Metodista Wesleyana e, mais tarde, no Instituto Negrófilo (que depois assumiu a designação de Centro Associativo dos Negros da Colónia de Moçambique), organização de que o seu pai foi sócio-fundador. Recentemente, esteve na criação e é uma das mais notáveis dinamizadoras da associação Pfuna, dedicada a mitigar a pobreza e a miséria de crianças órfãs.
Em 1939, casou-se com Raul Bernardo Honwana e foram viver para a Moamba, tiveram oito filhos. Raul, que militou no Grémio Africano nos tempos de Karel Pott, publicou, em 1984, um livro de memórias, que vem constituindo referência em muitos trabalhos académicos.
Inspirada pelos trabalhos do seu marido, que faleceu em 1994, Nely decidiu também deixar, por escrito, o seu legado, às novas gerações. Profunda conhecedora de Lourenço Marques (Maputo) e, mais particularmente, dos seus bairros periféricos, onde cresceu, Nely Nyaka fala-nos, em “Mahanyela – A vida na periferia da grande cidade”, dos marcos geográficos e sociológicos da sua cidade, das famílias que a habitavam, das práticas e dos costumes da comunidade e dos artifícios a que se recorria para mitigar a pobreza e para vencer as enormes barreiras criadas pelo poder colonial a todos os que não fossem brancos.
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