Um empresário de nacionalidade portuguesa foi encontrado sem vida, no último domingo (11), no distrito de Moamba, província de Maputo, depois de ter sido raptado por desconhecidos e o resgate pago mediante a exigência dos supostos criminosos. As autoridades policiais suspeitam que o malogrado tenha sido vítima de gente próxima de si.
Trata-se de José Paulo Antunes Caetano, de 51 anos de idade. A vítima vivia em Moçambique há oito anos e operava no ramo de construção civil alugando máquinas a interessados.
Juarce Martins, chefe de Relações Públicas no Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), na Matola, disse que só tomou conhecimento de que o empresário tinha sido raptado no sábado (11), volvidas mais de 24 horas.
O rapto aconteceu na sexta-feira (09) no bairro de Mussumbuluco, município da Matola. Na tarde de domingo, o corpo da vítima foi encontrado numa pedreira abandonada, no distrito de Moamba, com sinais de facadas no pescoço e num dos braços, segundo o agente da lei e ordem.
O caso foi confirmado pelo secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, em declarações à imprensa portuguesa, parte da qual baseada em Maputo.
Vários português têm sido vítimas de malfeitores em Moçambique e os casos continuam sem esclarecimento.
Em Dezembro de 2017, uma lusitana que respondia pelo nome de Inês Botas, de 28 anos de idade, foi assaltada, violentada, amarradas os membros superiores e inferiores e, em seguida, atirada ao rio Púnguè, a 70 quilómetros da cidade da Beira, supostamente com vida, mas no dia seguinte foi achada sem vida.
Um dos indivíduos acusados de envolvimento no crime escapou da Cadeia Central da Beira, em Sofala, no dia 04 de Novembro em curso, e outros dois elementos continuam detidos.
No começo deste ano, uma cidadã portuguesa também perdeu a vida em circunstâncias ainda por esclarecer. Trata-se de Maria Laura da Silva Pereira, cerca de 70 anos de idade, que morreu no Hospital Provincial de Chimoio para onde havia sido levada para receber tratamentos. Ela foi encontrada desfalecida na sala de estar na sua própria residência.
Exames feitos por peritos de medicina legal indicam que ela foi vítima de agressão física perpetrada por gentes desconhecida. Mas os crimes contra portugueses não cessam aí.
Na noite do dia 03 de Janeiro deste ano, uma anciã portuguesa, de 77 anos de idade, foi morta com recurso a instrumentos contundentes na cidade de Chimoio, província de Manica, por pessoas alegadamente desconhecidas. É mais um crime que continua por esclarecimento.
A 23 de Novembro de 2016, um empresário português, ligado a produção espectáculos, aluguer de som e luz, o qual respondia pelo nome de Joaquim Cavaco Malagueira, de 75 anos de idade, foi assassinado na sua casa, na capital moçambicana.
Aliás, lá vão meses a fio que ainda é desconhecido o paradeiro do empresário português, Américo António Melo Sebastião, raptado no distrito de Marínguè, em Sofala, por indivíduos não identificados.
Apesar da pressão do Governo e da imprensa portuguesa, o Executivo Governo moçambicano não forneceu informações concretas sobre o assunto que causou uma profunda crispação diplomática entre Portugal e Moçambique.
O ministro do Interior, Jaime Basílio Monteiro, teve de ir a Portugal para tentar suavizar o mal-estar estre os dois países.
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