Uma pastora afecta a uma igreja e um director de escola pública encontram-se detidos, desde a semana finda, acusados de liderar uma quadrilha de 10 indivíduos que protagonizaram um assalto à mão armada na residência de uma empresária que explora madeira, na noite da passada quinta-feira (15), no distrito de Govuro, província de Inhambane.
No crime estão envolvidos 12 suspeitos, dos quais seis se encontram detidos no Comando Distrital da República de Moçambique (PRM) de Govuro, área onde a vítima vive, e os restantes elementos fugiram.
Segundo a PRM naquele ponto do país, o assalto foi planeado na cidade de Maputo, de onde se deslocaram nove dos 12 acusados. Os outros três indiciados são do distrito de Quissico. Os mentores do plano são a pastora de igreja e o dirigente do estabelecimento de ensino público.
Aliás, dos detidos, um deles é empregado da senhora que era o alvo do assalto. Ele é que fornecia informações aos comparsas, principalmente sobre os passos da vítima.
A pastora de igreja, acusada de custear as acções que visavam a materialização da operação, contou que a viagem de Maputo para Govuro durou dois dias e o grupo fazia-se transportar numa viatura com a chapa de matrícula AHA 993 MC.
A finalidade era “assaltar a empresaria em casa dela porque tivemos informações de que ela tem muito dinheiro”, contou a mulher. Afinal, alguns dirigentes de instituições do Estado são bandidos ou pelo menos cooperam com quadrilhas de ladrões!
Este pode ser o caso do director da Escola Primária de Quissico, implicado no referido assalto. Ele confessou que não era a primeira vez que se envolvia em acções similares. Já o fez, várias vezes, no passado e pretendia repetir convencido de que não seria descoberto.
“Alguém me telefonou e disse que tinha” um biscate “para mim e aceitei”, narrou o dirigente, deixando claro que tinha plena consciência de que o alegado biscate era um assalto à mão armada.
Do Comando Provincial da PRM em Inhambane, o @Verdade apurou que, dos 12 supostos assaltantes, oito é que entraram na casa da empresária e semearam terror: amarraram todos os ocupantes, agrediram-lhes fisicamente e dispararam pelo menos três vezes.
Apercebendo-se de que a sua casa tinha sido invadida por desconhecidos, a empresária colocou-se em fuga e alertou aos agentes da lei e ordem. Estes fizeram-se ao local mas os bandidos fugiram.
Durante a perseguição e acreditando que não seriam apanhados, os bandidos abriram fogo contra a Polícia mas seis deles foram detidos.
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