O custo do dinheiro no nosso país vai continuar acima dos 20 por cento até ao final do ano de 2018, pelo segundo ano consecutivo, contribuindo para a estagnação do crédito à economia e para o crédito mal parado.
O Banco de Moçambique(BM) e a Associação Moçambicana de Bancos(AMB) decidiram não alterar Indexante Único e o Prémio de Custo estabelecidos em Novembro deixando nos 15 e 5,20 por cento, respectivamente, durante o mês de Dezembro. A consequência é que a Prime Rate para empréstimos continuará nos 20,20 por cento aos quais são adicionados as margens (spread) de cada banco comercial e daí se encontram as ainda altas taxas de juro para cada categoria de produto de crédito.
A Prime Rate que durante anos esteve nos 15 por cento em Moçambique começou a aumentar em finais de 2015 e disparou em Maio de 2016, após a descoberta das dívidas ilegais da Proindicus e da MAM, tendo atingindo um máximo de 28 por cento no início de 2017. Portanto há cerca de dois anos que o custo do dinheiro está acima dos 20 por cento no nosso país.
Paralelamente o crédito a economia tem vindo a reduzir e no início de 2018 atingiu o valor mais baixo dos últimos anos, 14 por cento negativos. Embora o crédito a economia esteja a recuperar os últimos dados estatísticos mostram que continua em 5 por cento negativos.
Outro impacto do alto custo do dinheiro é o crédito mal parado que no início da crise era de 5 por cento, atingiu os 13,8 por cento em finais de 2017 e continua acima dos dois dígitos.
Diante dos discursos políticos de retoma financeira, das recomendações do Fundo Monetário Internacional para o relaxamento da política monetária e das condições financeiras aguarda-se com expectativa os sinais que virão da última reunião do ano do Comité de Política Monetária do BM, agendada para 13 de Dezembro.
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