O Standard Bank acaba de criar, na sua sede em Maputo, “um espaço especialmente dedicado para o atendimento de empresários chineses”, revelou o Administrador delegado do terceiro maior banco comercial em Moçambique desmistificando que “quando olhamos para os chineses só vemos as lojas mas esquecemos, por exemplo, o envolvimento em grandes investimentos como no sector de petróleo e gás”. A fábrica flutuante de gás natural liquefeito que irá extrair gás na Área 4 da Bacia do Rovuma tem financiamento chinês.
Pelo segundo ano consecutivo o Standard Bank reuniu parte dos seus clientes chineses com interesses em Moçambique para actualiza-los sobre o estágio da economia assim como as oportunidades de investimento e as facilidade que a instituição financeira disponibiliza através de um espaço dedicado e onde o atendimento é realizado por gestores oriundos do país asiático.
“Estes têm larga experiência bancária e estão aptos para oferecer o melhor aconselhamento empresarial bem como indicar as soluções financeiras mais ajustadas às necessidades de cada investidor chinês” explicou Chuma Nwokocha, o Administrador delegado do Standard Bank.
Nwokocha disse ao @Verdade que “a carteira de negócios chineses em Moçambique vai crescer, a tendência é para crescer e ser muito mais relevante, muitas vezes quando olhamos para os chineses só vemos a lojas mas esquecemos, por exemplo, o envolvimento em grandes investimentos como no sector de petróleo e gás onde está bem representado”.
Através do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), que detém 20 por cento do Grupo Standard Bank, o gigante país asiático financiou em 1,75 biliões de dólares a fábrica flutuante de gás natural liquefeito que a Eni e parceiros estão a construir para extrair gás na Área 4 da Bacia do Rovuma, no Norte de Moçambique.
Chuma Nwokocha afirmou que “para as grandes empresas chinesas o Standard Bank é um destino preferido” e por a instituição financeira que está na vanguarda do uso da moeda chinesa nas suas operações que permitem a conversão de meticais para yuan em todos seus balcões de atendimento no nosso país.
O representante do Banco Industrial e Comercial da China, Sun Gang, declarou que além dos investimentos no sector de petróleo e gás o interesse do empresários do seu país é “na construção de Centrais Eléctricas, Hidroeléctricas e na construção de infra-estruturas”, na perspectiva de tirar partido do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) que tem disponível para os países africanos 60 biliões de dólares norte-americanos.
Contrariamente a percepção generalizada que os chineses importam preferencialmente a madeira moçambicana as Estatísticas nacionais do Comércio Externo de Bens indicam que os Minérios de titânio e seus concentrados são os principais produtos que Moçambique exporta. Em 2017 as exportações desse minério atingiram os 156,5 milhões dólares norte-americanos e representaram 62 por cento de todas importações de produtos nacionais pela China. A madeira representou apenas 16 por cento das exportações moçambicanas para o país asiático.
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