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terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

“Quando olhamos para os chineses só vemos as lojas mas esquecemos envolvimento no sector de ...

Foto de Fim de SemanaO Standard Bank acaba de criar, na sua sede em Maputo, “um espaço especialmente dedicado para o atendimento de empresários chineses”, revelou o Administrador delegado do terceiro maior banco comercial em Moçambique desmistificando que “quando olhamos para os chineses só vemos as lojas mas esquecemos, por exemplo, o envolvimento em grandes investimentos como no sector de petróleo e gás”. A fábrica flutuante de gás natural liquefeito que irá extrair gás na Área 4 da Bacia do Rovuma tem financiamento chinês.

Pelo segundo ano consecutivo o Standard Bank reuniu parte dos seus clientes chineses com interesses em Moçambique para actualiza-los sobre o estágio da economia assim como as oportunidades de investimento e as facilidade que a instituição financeira disponibiliza através de um espaço dedicado e onde o atendimento é realizado por gestores oriundos do país asiático.

“Estes têm larga experiência bancária e estão aptos para oferecer o melhor aconselhamento empresarial bem como indicar as soluções financeiras mais ajustadas às necessidades de cada investidor chinês” explicou Chuma Nwokocha, o Administrador delegado do Standard Bank.

Nwokocha disse ao @Verdade que “a carteira de negócios chineses em Moçambique vai crescer, a tendência é para crescer e ser muito mais relevante, muitas vezes quando olhamos para os chineses só vemos a lojas mas esquecemos, por exemplo, o envolvimento em grandes investimentos como no sector de petróleo e gás onde está bem representado”.

Através do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), que detém 20 por cento do Grupo Standard Bank, o gigante país asiático financiou em 1,75 biliões de dólares a fábrica flutuante de gás natural liquefeito que a Eni e parceiros estão a construir para extrair gás na Área 4 da Bacia do Rovuma, no Norte de Moçambique.

Foto de Fim de SemanaChuma Nwokocha afirmou que “para as grandes empresas chinesas o Standard Bank é um destino preferido” e por a instituição financeira que está na vanguarda do uso da moeda chinesa nas suas operações que permitem a conversão de meticais para yuan em todos seus balcões de atendimento no nosso país.

O representante do Banco Industrial e Comercial da China, Sun Gang, declarou que além dos investimentos no sector de petróleo e gás o interesse do empresários do seu país é “na construção de Centrais Eléctricas, Hidroeléctricas e na construção de infra-estruturas”, na perspectiva de tirar partido do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) que tem disponível para os países africanos 60 biliões de dólares norte-americanos.

Contrariamente a percepção generalizada que os chineses importam preferencialmente a madeira moçambicana as Estatísticas nacionais do Comércio Externo de Bens indicam que os Minérios de titânio e seus concentrados são os principais produtos que Moçambique exporta. Em 2017 as exportações desse minério atingiram os 156,5 milhões dólares norte-americanos e representaram 62 por cento de todas importações de produtos nacionais pela China. A madeira representou apenas 16 por cento das exportações moçambicanas para o país asiático.



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