O Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou que apesar da desaceleração da economia moçambicana em 2018, abaixo das suas previsões, o Produto Interno Bruto (PIB) “teve uma base mais alargada”. O chefe da Missão que está em Maputo antecipou “efeitos macroeconómicos adversos” em resulta do impacto do Ciclone IDAI e perspectivou “recuperação da actividade económica” só em 2023.
Ricardo Velloso assinalou, em conferencia de imprensa nesta terça-feira (26), em Maputo, o “significativo” esforço da política fiscal implementada pelo Governo de Filipe Nyusi em 2017 e 2018 contudo “o défice fiscal global em 2018 permaneceu relativamente elevado, será portanto essencial a consolidação fiscal à médio prazo para assegurar que os rácios de dívida sobre o PIB se mantenham numa trajectória claramente descendente e dada a dada a situação de sobre endividamento o financiamento orçamental deve contar no máximo nível possível com donativos e créditos altamente concessionais. A Missão sublinha também a importância de obter um alívio significativo da dívida e do reforço da fiscalização de toda a carteira de Dívida Pública de modo a trazer os indicadores de dívida para níveis mais seguros”.
Relativamente ao crescimento económico que em 2018 foi mais baixo que as projecções do próprio FMI, o PIB real foi de 3,3 por cento, Velloso destacou que “teve uma base mais alargada, com o crescimento não mineiro acelerando para 2,8 por cento a partir de 2 por cento em 2017”.
“Apesar dos prováveis efeitos macroeconómicos adversos do Ciclone IDAI em 2019 que estão ainda a ser analisadas, as perspectivas são de uma recuperação da actividade económica a médio prazo, com uma expansão mais significativo com o início da produção de gás natural liquefeito esperada para 2023”, perspectivou o funcionário sénior do FMI.
A instituição multilateral encorajou “o Banco de Moçambique a prosseguir com a redução da taxa directora, ainda que de modo prudente, garantido ao mesmo tempo que as expectativas de inflação permaneçam bem ancoradas. Taxas de juros reais mais baixas ajudariam a aumentar os fluxos de crédito bancário para o sector privado, em particular para as PME, fomentando a actividade económica e a criação de emprego, bem como a inclusão financeira”, disse Ricardo Velloso.
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