O Governo de Filipe Nyusi formalizou um pedido de assistência financeira de emergência ao Fundo Monetário Internacional de 110 milhões de Dólares norte-americanos, para fazer face ao impacto das Calamidades Naturais no Centro de Moçambique na deficitária Balança de Pagamentos. No último trimestre de 2018 o Instituto Nacional de Estatística apurou um défice de 498,9 milhões de Dólares norte-americanos.
Ainda estão a ser realizados os levantamentos dos custos de reconstrução das infra-estruturas Públicas e privadas que foram devastadas pelo Ciclone IDAI e as cheias que se seguiram há pouco mais de um 1 mês e afectaram 1.514.662 moçambicanos nas províncias de Sofala, Manica, Zambézia e Tete. Pelo menos 93 unidades sanitárias foram danificadas assim como 3.504 salas de aulas. Há registo de 239.731 casas que ficaram inundadas ou mesmo destruídas pela força dos ventos de mais de 200 quilómetros por hora e da água dos rios que inundou povoações, destruiu estradas e pontes, e afectou 715.378 hectares de machambas.
Até ao início desta semana 603 pessoas foram dadas como mortas as quais se juntam outras oito vitimadas pelo surto de cólera que entretanto eclodiu na Província de Sofala e afectou 6.075 pessoas nos distritos do Dondo, Búzi, Nhamatanda e na Cidade da Beira. Há ainda o registo de 11.565 casos de malária na Província de Sofala.
“Tendo em conta a escala de danos sem precedentes as nossas estimativas preliminares sugerem que a reconstrução poderá custar 1,2 bilião de Dólares norte-americanos” afirma o Governo em missiva enviada à director do FMI no passado dia 10 de Abril e que o @Verdade teve acesso.
O Governo juntou a esse montante os 300 milhões de Dólares, do Plano de Resposta Humanitária das Nações Unidas, o que eleva para 1,5 bilião de Dólares os custos preliminares, são cerca de 10 por cento do Produto Interno Bruto, que deverão ser gastos 900 milhões de Dólares para fazer face ao impacto das Calamidades Naturais em 2019, 500 milhões em 2020 e os restantes 200 milhões em 2021.
Com esse cenário catastrófico o Executivo formalizou, em carta assinada pelo ministro Adriano Maleiane e o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, um pedido de assistência financeira de emergência no valor de 85,2 milhões de SDR (cerca de 110 milhões de Dólares norte-americanos) para equilibrar o défice da Balança de Pagamentos, no último trimestre de 2018 foi de 498,9 milhões de Dólares norte-americanos, mas que deverá agravar-se com os danos deixados pelo IDAI.
via @Verdade - Últimas http://bit.ly/2Itu9Xk
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