Moçambique registou um crescimento de 77% da carga transportada desde 2015. De acordo com o Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, em 2018, o sistema ferroviário nacional transportou 23.7 milhões de toneladas, contra 13.4 milhões de toneladas transportadas em 2015.
Falando, na última sexta-feira, 5 de Abril, no encerramento do Conselho de Directores da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), Mesquita acrescentou que estes resultados foram conseguidos, pelo facto desta empresa e as concessionárias dos sistemas ferro-portuários terem assumido com determinação e responsabilidade as acções inscritas no Plano Quinquenal do Governo (PQG), particularmente, a componente da ampliação e a modernização das infra-estruturas ferro-portuárias do País.
Como perspectivas, o ministro desafiou os gestores das infra-estruturas ferro-portuárias para consolidarem os resultados alcançados, bem como a melhorar a eficiência e competitividade do transporte ferroviário no País: “Queremos que o nosso sistema ferro-portuário e os respectivos corredores de transporte acrescentem mais valor à nossa economia, contribuindo cada vez mais na melhoria do Produto Interno Bruto e da Balança Comercial. Por isso, temos que ser mais criativos para atingirmos melhores índices de competitividade”, disse Carlos Mesquita.
Em 2018, os CFM obtiveram um resultado operacional de 2.5 mil milhões de meticais, mantendo-se na lista das empresas do sector empresarial do Estado que, de forma consistente, vêm apresentando resultados líquidos positivos aos longo dos anos. De acordo ainda com o ministro dos Transportes e Comunicações, a eficiência e a competitividade das infra-estruturas nacionais passam por uma abordagem integrada e harmoniosa entre os investimentos realizados nas ferrovias e nos portos.
“Nessa perspectiva, registamos com satisfação a implementação do plano de investimentos integrado que contempla o aumento da capacidade de manuseamento portuário e a melhoria do transporte ferroviário no Corredor de Maputo, estando a lograr resultados satisfatórios”, disse.
Para Carlos Mesquita, a experiência do Corredor de Maputo deve ser replicada nos corredores da Beira e Nacala, sendo fundamental o papel dos CFM junto às concessionárias para a dinamização do desenvolvimento harmonioso do sistema ferro-portuário nacional.
Mesquita orientou ainda aos gestores dos CFM para implementarem na íntegra as medidas definidas pelo Governo, para minimizar o sofrimento das vítimas do ciclone que devastou o Centro do País, nomeadamente o desconto em 50% no transporte de passageiros nas linhas de Sena e Machipanda, desconto em 50% do transporte de material de construção de fabrico nacional, bem como o transporte gratuito de donativos, para alem da implementação de outras medidas que a empresa julgar aplicáveis, no quadro da emergência causada pela calamidade que abateu as províncias de Sofala, Manica, Zambézia e norte de Inhambane.
Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração dos CFM, Miguel Matabel, revelou que, embora a empresa esteja a registar resultados positivos, ainda persistem alguns desafios que devem ser ultrapassados. “Parte dos desafios estão relacionados, por exemplo, com os descarrilamentos que prejudicam sobremaneira a nossa balança de facturação e, sobretudo, interferem na confiança que tanto almejamos dos clientes”, enfatizou Miguel Matabel.
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