No terceiro ano da crise económica e financeira em que Moçambique está mergulhado e teve o Produto Interno Bruto a desacelerar para níveis de há duas décadas atrás o Millennium bim conseguiu aumentar ainda mais os seus lucros: o resultado líquido atingiu o valor mais elevado dos últimos quatro anos, passando de 3,4 biliões em 2015 para 6,4 biliões de Meticais em 2018, a margem financeira cresceu de 11,4 biliões em 2017 para inéditos 12,3 biliões de Meticais.
A crise que os moçambicanos vivem, precipitada por empréstimos ilegalmente contraídos em bancos estrangeiros, aliada a Política Monetária implementada pelo Banco de Moçambique está a ser uma oportunidade para lucros inéditos para as instituições financeiras que operam no nosso país.
Suplantando os lucros de 9,8 biliões de Meticais e resultado líquido de 4 biliões de Meticais do Banco Comerciais e de Investimentos, considerado o maior banco em Moçambique, o Millennium bim obteve no exercício económico de 2018 os maiores proveitos desde que opera no nosso país.
“O ano de 2018 pautou-se por um desaceleramento do crescimento da economia moçambicana. A tendência que se verificou ao longo do ano na descida das taxas de juro de referência, bem como o aumento da concorrência que se fez sentir no mercado, faziam adivinhar um ano com uma tendência de descida ao nível dos seus resultados. No entanto, a realidade sobrepôs-se registando o banco uma Margem Financeira que aumentou em 912 milhões de Meticais face a 2017”, afirma no seu Relatório e Contas do ano passado.
No documento a instituição financeira regista que a margem financeira aumentou 8 por cento, totalizando 12,3 biliões de Meticais em 2018, face aos 11,4 biliões de Meticais apurados em 2017, impulsionada essencialmente pelo efeito positivo da redução no custo dos Depósitos, reflexo da queda das taxas directoras do mercado”.
O Millennium bim explica que a estratégia para os lucros passou para aposta na “solidez financeira em detrimento da quota de mercado. Ainda assim, a captação de recursos teve uma evolução positiva, resultando numa taxa de crescimento de 14 por cento face ao ano anterior”.
“Relativamente à carteira de activos financeiros, essencialmente constituída por títulos emitidos pelo Estado Moçambicano e Banco de Moçambique, designadamente Obrigações do Tesouro e Bilhetes do Tesouro, o banco gozou em 2018 da manutenção em carteira de títulos com maturidades longas e a taxas fixas altas, que favoreceram o bom desempenho num contexto de descida das taxas de mercado, sobretudo na primeira metade do ano”, afirma o banco reconhecendo que o investimento na Dívida Interna Pública rendeu dois terços dos seus lucros.
A carteira de Títulos do Tesouro passou de 34,6 biliões em 2017 para 49,3 biliões de Meticais em 2018.
Resultado líquido foi positivo em 6,4 biliões e activos cresceram para 148,9 biliões de Meticais
O outro terço da Margem Financeira resultou de proveitos líquidos com comissões líquidas, que reduziram, assim como os serviços bancários de câmbios e intermediação, ainda assim renderam 4,1 biliões de Meticais em 2018, 13,5 por cento acima do valor apurado em igual período de 2017.
O banco privado onde o Estado é accionista com 17,12 por cento assinalou ainda “O resultado líquido foi positivo em 6,4 biliões de Meticais em 2018 comparando com o resultado líquido positivo de 5,6 biliões de Meticais apurados em 2017, o que representa um crescimento de 14 por cento face aos resultados do ano anterior”.
O Relatório e Contas mostra ainda que o Millennium bim ficou mais robusto, os activos totais evoluíram para 148,9 biliões de Meticais, um acréscimo de 10 por cento comparado ao ano anterior e os “capitais próprios aumentaram 17 por cento y/y, contribuindo no fortalecimento do rácio de solvabilidade, que evoluiu para 39 por cento em 2018, nível mais alto desde a implementação de Basileia II”.
Além do Estado são accionistas do Millennium bim o banco português BCP, tem 66,69 por cento do capita, o Instituto Nacional de Segurança Social, 4,95 por cento, a Empresa Moçambicana de Seguros, 4,15 por cento, a Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, 1,08 por cento, e Trabalhadores com 6,01 por cento.
Recorde-se que o Millennium bim foi um dos 4 bancos moçambicanos que investiram nos empréstimos ilegais, mesmo sabendo que haviam sido contratadas violando a Constituição da República, segundo a Auditoria da Kroll o banco comprou 37,2 milhões de Dólares norte-americanos em dívidas da Proindicus... e empurraram os moçambicanos para a crise em 2016 da qual estão a tirar lucros!
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