A África do Sul e o Zimbabwe têm criado dificuldades administrativas impedido que empresas moçambicanas exportem os seus produtos ao abrigo do Protocolo da SADC, o ministro Ragendra de Sousa disse ao @Verdade que o nosso país pondera retaliar. “Nós temos esta arma connosco que é a nossa localização geográfica (...)qualquer dia aquele meu colega da fronteira vai apanhar malária e não abre a fronteira 3 dias”.
Em 2016 uma marca de refrigerantes moçambicana, ao abrigo do Protocolo Comercial da Comunidades de Países da África Austral (SADC, acrónimo em inglês), iniciou a exportação para o Malawi onde, graças ao preço baixo, conseguiu posicionar-se no mercado local e tornou-se numa alternativa aos refrigerantes produzidos no país vizinho.
Numa flagrante violação do Protocolo de livre comércio da SADC, em vigor desde o ano 2000, as autoridades malawiana, alegando excesso de produtos químicos no refrigerante baniu a bebida do seu território.
Formalmente o levantamento do banimento, que só aconteceu em 2017 após a intervenção do Governo de Moçambique e após a empresa nacional provar que o seu refrigerante tinha qualidade, porém nesta segunda-feira (22) o ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, revelou que “quando nada parecia funcionar o meu conterrâneo (em alusão aos guarda-fronteira entre Moçambique e Malawi) esqueceu-se de abrir a fronteira durante 2 horas, logo a seguir começaram a chover telefonemas e a mandar delegações”.
Agora massas, tubos e até cerveja nacional estão a enfrentar “artifícios” para entrarem na África do Sul e no Zimbabwe. O ministro da Indústria e Comércio disse aos industriais moçambicanos, durante um Seminário de reflexão do sector que aconteceu em Maputo, que após ter constatado in loco os entraves levantados na fronteira sul-africana foi rubricado um acordo para reforçar o livre comércio, porém, “o ministro na África do Sul mudou, estou a espera que o meu colega me diga quando é que vem ou eu vou lá”.
Relativamente ao Zimbabwe Ragendra de Sousa revelou que foi comunicado directamente ao Presidente Emmerson Mnangagwa sobre as más práticas no seu país, “eu em jeito de brincadeira disse Senhor Presidente sabe qualquer dia aquele meu colega da fronteira vai apanhar malária e não abre a fronteira 3 dias e ele percebeu a mensagem”.
O titular da Indústria e Comércio enfatizou que Moçambique tem “esta arma connosco que é a nossa localização geográfica”, Ragendra de Sousa avisou “se mantiverem a estratégia de não usarem a lei e usarem mecanismos, temos de fazer o mesmo”.
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