Ainda com as feridas deixadas pelo Ciclone Idai por sarar a Cidade da Beira comemorou nesta terça-feira (20) o seu 112º aniversário. “O processo de reconstrução representa uma oportunidade de mudança para o planeamento e construção melhor de modo a assegurar uma maior resiliência e adaptação as mudanças climáticas” disse o edil Daviz Simango que na efeméride celebrou a “Emancipação Política” da capital da Província de Sofala.
“Comemorar a Emancipação Política, o aniversário da nossa Beira, me faz entender a força que unifica a nossa gente. Acredito que temos aqui uma missão a ser cumprida, a missão de construir no presente oportunidades para o futuro e lutar a cada dia para também deixarmos nosso legado de desenvolvimento social e econômico, além de dignidade para as futuras gerações”, afirmou o Simango discursando na Praça do Município que se engalanou para as festividades.
Na óptica do presidente do Conselho Autárquico da segunda mais importante urbe moçambicana, e quiçá uma das primeiras a ser massacrada pelas Mudanças Climáticas, “o Ciclone IDAI foi um teste duro para nossa cidade e para cada um de nós, estabelecendo, com sua intensidade sem precedentes, abrindo desafios para novos padrões em termos de risco e vulnerabilidade.”
“O processo de reconstrução representa uma oportunidade de mudança para o planeamento e construção melhor de modo a assegurar uma maior resiliência e adaptação as mudanças climáticas na Beira. No entanto neste processo, precisamos aumentar a conscientização sobre uma cultura de superação e adaptação em todos os níveis: "viver com os riscos naturais de uma forma segura e sustentável”, perspectivou Daviz Simango que aproveitou o evento para recordar que o Município precisa de dinheiro para materializar o Plano Director até 2035, aprovado muito antes da recente Calamidade Natural.
Edificada sobre um pântano, na confluência dos rios Púnguè e Búzi, e abaixo da cota do nível do mar, a povoação foi fundada em 1887 e inicialmente denominada Chiveve, nome de um rio local, mas rebatizada em homenagem ao Príncipe da Beira, D. Luís Filipe, que, em 1907, foi o primeiro membro da família real portuguesa a visitar Moçambique. D. Luís Filipe foi portador do decreto real que concedia à Beira o estatuto de Cidade que, em 2017, albergava 592.090 habitantes.
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