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domingo, 4 de agosto de 2019

Parlamento encerrou, mas volta a reunir em sessão extraordinária

Em tom de campanha eleitoral a Assembleia da República (AR) encerrou na passada quinta-feira (01) a sua IX Sessão Ordinária onde foram apreciadas 42 matérias de 54 agendadas. Porém a VIII Legislatura ainda não terminou e deverá a voltar a reunir nas próximas semanas em sessão extraordinária para fundamentalmente chancelar o terceiro Acordo de Paz entre o Governo da Frelimo e o partido Renamo.

Após 30 sessões plenárias onde foram apreciadas 42 matérias, 30 das quais aprovadas por consenso, a AR encerrou as sessões ordinárias da legislatura eleita em 2014.

“Hoje, a nossa justiça não é capaz de, com independência, celeridade e na base da lei, julgar e condenar os corruptos que colocaram Moçambique de joelho nestes últimos cinco anos, sacrificando um povo inteiro com restrições, escassez de medicamentos e um bloqueio financeiro internacional. Reiteramos a nossa posição: o nosso Povo não deve pagar as dívidas ilegais e fraudulentas, não autorizadas por esta magna casa”, afirmou Lutero Simango, o líder da bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) no seu discurso de balanço.

Simango instou ao Governo a apurar as motivações do conflito que acontece na Província de Cabo Delgado “para permitir a solução do problema antes que ganhe um cunho político”.

Sobre a revisão constitucional que aconteceu o chefe da bancada do MDM disse que o partido “continua a acreditar na importância de libertar o sistema judiciário do poder político; definir uma política nacional das Forças da Defesa e Segurança e o quadro das políticas monetárias e fiscais ajustadas as verdadeiras necessidades das pessoas”.

“Aos nossos concidadãos apelamos para que no dia 15 de Outubro decidam o futuro das nossas vidas e das vidas dos nossos filhos. Temos que decidir sobre a vida das futuras gerações. Estas eleições visam decidir o futuro. Há duas opções: continuar no cinismo e populismo, ou abraçar a esperança, mudando. Nós, no MDM, representamos a mudança; somos a esperança”, concluiu Lutero Simango.

Já Ivone Soares começou por fazer uma balanço da sua acção pessoal com chefe da bancada do partido Renamo. “Não obstante ter sido a primeira jovem mulher a assumir funções de tão vasta responsabilidade, tenho o sentimento de missão cumprida”, declarou.

Depois entrou na campanha eleitoral: “Há 43 anos que o povo ouve as mesmas promessas! Mudam-se os protagonistas, mas a história é a mesma. Que não haja dúvidas, um governo da RENAMO dirigido por Sua Excelência General Ossufo Momade mudará para melhor o estado das coisas. Temos melhores propostas e temos quadros competentes e íntegros, estamos preparados para desenvolver o país, usar os fundos do Estado com transparência, criar um fundo soberano com o dinheiro do gás e do carvão para fazer face aos momentos em que calamidades como os ciclones Idai e Keneth nos pôem à prova”.

Ivone Soares particularizou a campanha nos “10 cabeças de lista, candidatos a Governadores, cujas capacidades de gestão e créditos na transparência nós, Renamo, asseguramos” e lançou aquele que poderá ser o slogan do maior partido da oposição em Moçambique: “Com Ossufo Momade, Renamo unida, rumo à vitória, dizemos não falha nada!”

Para chefe da bancada parlamentar do partido Frelimo, Margarida Talapa, fez uma resenha do quinquénio citando o informe apresentado na véspera pelo presidente do seu partido e Chefe de Estado.

Entretanto a AR deverá voltar a reunir nas próximas semanas para chancelar o Acordo de Paz que Filipe Nyusi e Ossufo Momade têm de assinar ainda antes do fim do mês de Agosto.



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