A capital do País acolheu, na quarta-feira, 11 de Setembro, a quarta edição da Cimeira Financial Times em Moçambique, durante a qual o administrador delegado do Standard Bank, Chuma Nwokocha, defendeu a necessidade de o País se focar na capacitação das suas Pequenas e Médias Empresas (PME) para que tirem, efectivamente, vantagem das oportunidades que se abrem com a implantação dos projectos associados à exploração do gás natural na bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado.
Este apelo surge do facto de existir um défice de participação deste segmento de empresas no processo de desenvolvimento sustentável do País, bem como na prestação de serviços e fornecimento de bens aos grandes projectos.
É neste sentido que Chuma Nwokocha aponta como prioridade a capacitação das PME para que estas tenham acesso às oportunidades existentes, não só nos grandes projectos, mas também nos mercados regional, continental e mundial.
“O financiamento é a parte menos relevante, neste momento. O mais importante é ajudar as empresas moçambicanas, em particular as pequenas e médias a adquirirem capacidades e conhecimentos, pois só assim é que terão acesso às oportunidades criadas pelos projectos da bacia do Rovuma”, disse o administrador delegado do Standard Bank.
Chuma Nwokocha defendeu, ainda, a contínua aposta na agricultura, apesar do enorme potencial que o País detém no sector energético: “A agricultura contribui com 24 por cento para o nosso Produto Interno Bruto e é o maior empregador da população moçambicana. Ou seja, é um sector a ter sempre em conta. Não podemos abandoná-los, só porque descobrimos o gás”.
Chuma Nwokocha falava na abertura da quarta edição da Cimeira Financial Times em Moçambique, que, na sua opinião, se afigura como uma excelente plataforma de debate e de troca de experiências sobre as melhores soluções para o futuro do País.
“O Standard Bank sempre investiu no futuro de Moçambique, onde está implantado há mais de 125 anos. Por isso, apoia a realização desta cimeira desde o primeiro momento. Estamos felizes com a qualidade dos debates, que vão, certamente, contribuir para um crescimento sustentável e inclusivo do País”, sublinhou.
A cerimónia de abertura foi dirigida pelo ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, para quem o evento serve de montra para as oportunidades que o País possui em diversas áreas, pois “a partir daqui é mais fácil fazer saber que existimos e que Moçambique é um bom País para se investir”.
“Esta cimeira é uma plataforma que nos permite trocar informações sobre as nossas potencialidades. A Financial Times é uma publicação especializada em assuntos económicos, com inserção mundial, e é sempre bom termos um evento desta natureza aqui. Temos e fazemos muitas coisas boas, mas não temos tido a capacidade de as fazer chegar ao mundo, e as pessoas que não conhecem Moçambique começam, pelo menos, a ter informações a partir daqui”, disse Adriano Maleiane.
Importa realçar que a quarta edição desta cimeira teve como tema “Construindo Resiliência para um Crescimento a Longo Prazo”, dada a necessidade e pertinência do debate sobre reformas e soluções que possam permitir um crescimento sustentável da economia, transformando os actuais desafios em oportunidades.
A tónica das apresentações e dos debates esteve centrada na diversificação da economia do País e a introdução de reformas com vista ao seu crescimento sustentável, numa altura em que o País se prepara para receber grandes volumes de investimento associados à exploração do gás na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.
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