O realizador moçambicano Sol de Carvalho foi premiado nesta quarta-feira (18) pela Federação Portuguesa de Cineclubes pela sua obra cinematográfica “Mabata Bata”, que retrata as feridas recentes da guerra civil em Moçambique.
Baseado na obra de Mia Couto “O Dia Em Que Explodiu Mabata Bata”, conto que integra o livro “Vozes anoitecidas de 1986, a película é uma adaptação do realizador Sol de Carvalho da história de Azarias, um jovem pastor órfão que um dia vê o seu melhor boi, Mabata Bata, explodir devido a uma mina terrestre deixada pelos combatentes da guerra civil. Este terrível acontecimento despoleta uma fuga para a floresta (por o rapaz temer represálias), seguido de um resgate, por parte da avó e do tio, que o tentam convencer a voltar.
Co-produzido pela moçambicana Promarte e a portuguesa Bando à Parte o filme de Sol de Carvalho, rodado em 2016 no Distrito do Chibuto, tem a honra de ter sido eleito como o primeiro vencedor deste novo prémio que visa homenagear o Cinema Africano de Expressão Lusófona e António Loja Neves, de forma póstuma, um grande promotor destas cinematografias.
“Um filme que se destaca pela sensibilidade do seu olhar humanista e solidário e pela actualidade da sua temática, mesclando com inteligência e delicadeza a tradição cultural africana com as feridas recentes e ainda não saradas da guerra civil em Moçambique”, considerou o Júri.
“Mabata Bata” estreou em 2017 e tem sido reconhecido favoravelmente pela crítica, no início deste ano foi premiado pela Montagem e Imagem no FESPACO, o maior festival de cinema de África.
Natural da Beira, João Luís Sol de Carvalho realizou mais de duas dezenas de películas com destaque para “O Jardim do Outro Homem”, “A Janela”, “O Búzio” ou “As Teias da Aranha”:
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