Catorze Bancos filiados na Associação Moçambicana de Bancos (AMB) contribuíram com um donativo de 34,5 milhões de Meticais para a reabilitação do Hospital Central da Beira gravemente afectado pelo Ciclone Idai. Este montante é quase uma esmola comparando com mais de 100 biliões que estas instituições financeiras facturaram com a crise da dívida pública de Moçambique.
O Banco de Sangue, o Bloco de Imagiologia, a Psiquiatria, o Centro Ortopédico, o Banco de Socorro, a Ginecologia e os serviços administrativos da maior unidade sanitária do Centro de Moçambique foram gravemente danificados pelo Ciclone Idai que em Março massacrou a Cidade da Beira.
Nesta quinta-feira (17) os bancos Millennium bim, Standard Bank, Mozabanco, Barclays, BCI, Letsengo, Bayport, Banco Único, Banco Mais, SOCGEN, My Bucks, First Capital Bank, Socremo e UBA contribuíram com um donativo de 34,5 milhões de Meticais, para a reabilitação do Hospital Central da Beira.
Este montante é uma “esmola” quando comparado com os lucros bilionários que estas instituições financeiras obtiveram apenas desde que a crise económica e financeira iniciou em Moçambique.
Apenas os lucros do Millennium bim, BCI e Standard Bank entre 2016 e 2018 ascende a 80 biliões de Meticais, montante equivalente a ajuda prometida pelos Parceiros de Cooperação internacional na Conferência Internacional de Doadores para a reconstrução de infra-estruturas públicas e privadas, danificadas pelos ciclones Idai e Kenneth no Centro e Norte de Moçambique.
Aliás os ganhos facturados pelos bancos comerciais derivam da subida das taxas de juro e principalmente de investimentos na Dívida Pública Interna de Moçambique.
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