A ExxonMobil e a Eni vão adiar a decisão final de investir este ano em Moçambique cerca de 25 biliões de dólares naquele que seria o terceiro projecto de produção do gás natural existente na Bacia do Rovuma.
Cinco meses após o Governo haver aprovado o Plano de Desenvolvimento do projecto que se propõe a extrair e liquefazer os 50 triliões de pés cúbicos de gás natural existentes no Campo Mamba da Área 4 na Bacia do Rovuma a norte-americana ExxonMobil e a italiana Eni vão adiar a Decisão Final de Investimento (DFI) que estava prevista acontecer em meados de 2019.
Não são conhecidas as razões do adiamento que já foi comunicado as autoridades moçambicanas mas ainda assim o Presidente Filipe Nyusi vai transformar a má notícia num evento da campanha para a sua reeleição e nesta segunda-feira (07) deverá fazer uma declaração à Nação sobre o andamento do projecto que deveria investir 25 biliões de dólares norte-americanos na construção de dois terminais em terra com capacidade de liquefação de 7,6 milhões de toneladas de gás por ano (MTPA) cada.
De acordo com o Plano de Desenvolvimento do projecto que tem como concessionário o Consórcio Mozambique Rovuma Venture S.p.A (MRV) caso a DFI acontecesse em 2019 o início da produção do Gás Natural Liquefeito (GNL) no primeiro terminal poderia iniciar em Agosto de 2024 e do segundo terminal até meados de 2025.
Este adiamento é no entanto uma boa notícia para a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) que sem capital nem contas auditadas não tem conseguido financiamento bancário para materializar o seu investimento de 2 biliões de dólares no Consórcio Mozambique LNG1 Financing Company Ltd. que está a operar na Área 1 e não teria condições de mobilizar outros 2 biliões para investir no Consórcio MRV.
A ENH tem uma participação de 10 por cento no Consórcio MRV que é liderado pela ExxonMobil e a Eni e do qual fazem também parte a estatal Chinese National Petroleum Corporation a portuguesa Galp, a sul-coreana Kogas.
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