O aplicativo Txapita, que permite ao passageiro saber a localização do autocarro, assim como a previsão da sua chegada à paragem, é o vencedor da edição do “SeedStars Maputo 2019”, uma competição de startups para mercados emergentes, que se realizou na sexta-feira, 1 de Novembro, na Incubadora de Negócios do Standard Bank, na cidade de Maputo.
Trata-se de um aplicativo com duas versões, sendo uma para os passageiros e outra para os gestores das cooperativas de transporte e Agência Metropolitana de Transporte de Maputo.
Funciona por meio de um dispositivo de rastreio instalado nos autocarros e controlado a partir de uma central de monitoramento. Os criadores do aplicativo, René Meneses e Eddie Massinga, conseguiram convencer um júri composto por cinco elementos, e vão, consequentemente, representar o País na competição regional, a ter lugar no dia 5 de Dezembro, na cidade de Joanesburgo, África do Sul.
“O Txapita é o futuro da mobilidade urbana em Moçambique. Para além de permitir a localização do autocarro, tem as coordenadas de todas as instituições públicas e privadas relevantes das cidades de Maputo e Matola, e um grupo de interacção no qual os participantes falam de tudo o que estiver a acontecer no trânsito”, explicaram René Meneses e Eddie Massinga, que referiram que o prémio é um estímulo para darem continuidade ao seu trabalho com vista a melhorar o aplicativo.
Esta edição do SeedStars Maputo, à semelhança das anteriores, contou com o apoio do Standard Bank, que se tem empenhado na criação de um ecossistema sustentável, favorável ao surgimento de potenciais empreendedores e que garanta que estes tenham acesso aos recursos de que necessitam para desenvolver.
Para Sasha Vieira, responsável pela Incubadora de Negócios do Standard Bank, iniciativas como o SeedStars contribuem para impulsionar o empreendedorismo e a promoção das startups moçambicanas.
“Esta é uma forma de investirmos, hoje, no futuro que queremos para o nosso País. Temos notado o crescimento assinalável das startups nos últimos anos, e os resultados estão à vista”, disse Sasha Vieira, que fez um balanço positivo desta edição, tendo em conta a crescente participação da mulher, o que reforça a inclusão do género, bem como a diversidade das empresas ou ideias concorrentes.
Por sua vez, Cláudia Makadristo, directora regional do SeedStars para África, sublinhou que, mais do que ter uma ideia, é importante que os participantes deste tipo de competições reflictam bastante sobre o problema que pretendem resolver, bem como sobre a racionalidade ou exequibilidade das soluções.
Para além destes dois aspectos, acrescentou Cláudia Makadristo, “há necessidade de saber se o negócio é sustentável ou não. Ou seja, se tem potencial para crescer, quer seja em Maputo, em Moçambique, no continente ou no mundo”.
Num outro desenvolvimento, a directora regional do SeedStars para África mostrou-se impressionada com a qualidade das startups que participaram na competição, o que, para si, é sinónimo de maturidade e vontade dos jovens de fazerem parte da solução dos problemas das comunidades.
Importa realçar que, para além do Txapita (rastreio de autocarros de transporte de passageiros e gestão da frota), subiram ao pódio a Output Tech Solutions, com o dispositivo e aplicativo Xiphefo (controlo e redução do consumo de energia eléctrica), e a Cliko (plataforma de pedidos a restaurantes e entrega aos clientes), que ficaram em primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente. A Cliko arrecadou, também, o prémio de Igualdade de Género, atribuído pela Cooperação Alemã.
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