A cabotagem marítima vai arrancar no primeiro trimestre de 2020, anunciou, na sexta-feira, 29 de Novembro, o ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita. Neste momento, foi já criada, para o efeito, uma empresa detida pela Transmarítima, em parceria com investidores franceses, decorrendo o processo de identificação das embarcações que vão operar este serviço.
A revitalização da cabotagem marítima no Pais (transporte de mercadorias via marítima ao longo da costa moçambicana) visa diversificar as modalidades de transporte, devendo ter como impacto imediato a redução do custo de transporte das mercadorias e a consequente queda de preços ao consumidor final.
Espera-se igualmente melhorar a comercialização agrícola, a aceleração do processo de industrialização das zonas próximas dos portos secundários e terciários, a criação de oportunidades de negócio para os empreendedores locais, entre outras vantagens.
Carlos Mesquita falava na primeira cerimónia de graduação da Escola Superior de Ciências Náuticas, uma instituição de ensino superior tutelada pelo Ministério dos Transportes e Comunicações, que lançou para o mercado um total de 115 quadros formados em Navegação Marítima, Direito Marítimo, Programação em Sistemas Informáticos e de Telecomunicações, Engenharia Mecânica, Controlo de Sistemas, Engenharia Electrónica e de Telecomunicações, Engenharia de Máquinas Marítimas, e Economia e Gestão de Portos.
Na ocasião, Carlos Mesquita instou à instituição a relançar a formação completa de oficiais da Marinha Mercante para atender aos desafios que o País terá de enfrentar e vencer nos próximos tempos, tais como o fornecimento de mão-de-obra para operar navios de cabotagem marítima e dos grandes projectos. “Investir na formação é um passo fundamental para a sustentabilidade dos grandes projectos que vão demandar oficiais da marinha”.
De acordo com o governante, a modernização dos portos, a intensificação das actividades petrolíferas offshore, a exportação de carvão e areias pesadas, entre outros empreendimentos vão intensificar a necessidade da logística do reabastecimento e gestão das operações nas instalações de produção e transporte destas mercadorias, e demais operações, aumentando exponencialmente a procura por profissionais da marinha altamente qualificados.
“Estes projectos que o País está a implementar, de forma decisiva, devem ser vistos pela direcção desta escola e por todos os intervenientes no processo de formação de marítimos como uma oportunidade para o estabelecimento de parcerias para superar os constrangimentos com que a instituição se depara actualmente, nomeadamente a problemática da disponibilidade de equipamentos como simuladores e unidades flutuantes para completar a formação dos cadetes da Escola Náutica”, referiu Carlos Mesquita.
O ministro dos Transportes e Comunicações manifestou a vontade de ver a Escola Superior de Ciências Náuticas a “formar oficiais da Marinha prontos para embarcar e trabalhar como tripulantes de navios nacionais, regionais e internacionais, tendo em atenção que a indústria marítima rege-se por convenções internacionais emanadas pela Organização Marítima Internacional”.
Por sua vez, a directora-geral da Escola Superior de Ciências Náuticas, Ana Maria Alfredo, frisou que a instituição está, actualmente, focada na busca de oportunidades com vista à obtenção de tempo de mar requerido à certificação, através de parcerias estratégicas com instituições que operam no sector dos Transportes e Comunicações”.
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