Membros da Associação Moçambicana de Juízes (AMJ) participaram, na segunda-feira, 23 de Dezembro, numa campanha de doação de sangue, promovida em todo o País com vista a minimizar a falta deste líquido precioso nas unidades sanitárias, principalmente neste período festivo, caracterizado por acidentes de viação.
Na capital do País, a campanha decorreu no Banco de Sangue do Hospital Central de Maputo (HCM), aonde acorreram dezenas de magistrados para darem um pouco do seu sangue e, por via disso, ajudarem a salvar vidas.
A propósito, o presidente da AMJ, Carlos Mondlane, explicou que o acto, que acontece pela primeira vez, resulta da parceria existente entre a agremiação e o HCM, embora a campanha tenha sido extensiva a todo o País.
“Anualmente, participamos no Natal do Doente, um evento organizado pelo Hospital Central de Maputo, e oferecemos pequenos presentes aos doentes aqui internados. Este ano, decidimos promover uma campanha de doação de sangue um pouco por todo o País pois estamos num período de muita demanda”, disse Carlos Mondlane.
Na ocasião, o presidente da AMJ considerou que, dada a natureza do seu trabalho, os magistrados devem ter algum comprometimento para com as comunidades, ajudando-as naquilo que puderem.
“A solidariedade é uma das áreas de actuação da Associação Moçambicana de Juízes, e nesta altura crítica, em que o Sistema Nacional de Saúde precisa de sangue, viemos aqui mostrar que somos humanos e, acima de tudo, solidários. Poucos miligramas de sangue podem salvar vidas”, acrescentou.
Por sua vez, a responsável pelo Banco de Sangue do Hospital Central de Maputo, Sandra da Glória, louvou o gesto da AMJ, que surge numa altura em que os níveis de colecta tendem a reduzir devido ao encerramento do ano lectivo.
“Estamos a precisar de sangue, não só porque estamos na época festiva, mas também porque as escolas estão encerradas e temos poucos locais para realizar as nossas campanhas. Agora só nos restam as igrejas”, referiu.
Ainda de acordo com Sandra da Glória, esta situação tem comprometido a vida de muitos doentes pois “há alguns actos médicos que podem não ser realizados devido à falta de sangue. O sangue é que deve ficar à espera do doente, e não o contrário. Não podemos correr atrás do sangue justamente no momento em que temos o doente”.
Por isso, “este gesto vai ajudar a minimizar a falta de sangue na nossa unidade sanitária e suprir algumas necessidades”, realçou Sandra da Glória, que afirmou que o HCM usa, em média, 100 unidades de sangue por dia.
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