A Associação para o Desenvolvimento e Segurança Social de Moçambique (ADESMO), localizada no bairro Vila Massane, na autarquia da Beira, província de Sofala, recebeu, recentemente, um apoio do Standard Bank no valor de 1.100.000,00 MT (um milhão e cem mil Meticais), destinados às obras de reposição de infraestruturas destruídas pelo ciclone Idai, que assolou a região centro do País nos dias 14 e 15 de Março último, com maior incidência na segunda maior cidade do País.
Trata-se de um centro de acolhimento a crianças órfãs cujos pais perderam a vida vítimas de doenças crónicas, principalmente o HIV/SIDA. Actualmente, o local alberga 115 petizes de ambos os sexos, sendo 71 meninos e 44 meninas, com idades compreendidas entre os seis e 17 anos.
O valor entregue pelo Standard Bank resulta de contribuições feitas pelos colaboradores e clientes do banco, e demais pessoas, através de uma conta denominada “Solidariedade”, criada no âmbito da campanha de angariação de apoio para as vítimas do Idai.
Segundo o director de Marketing e Comunicação do Standard Bank, Alfredo Mucavela, as contribuições não são só de moçambicanos, mas também de pessoas residentes em países da região, que permitiram que o sonho das crianças da ADESMO pudesse tornar-se realidade.
“O nosso apoio é de pessoas que amam Moçambique, que responderam com aquilo que tinham financeiramente. As crianças que aqui estão merecem viver num local condigno e habitável, por isso vamos reabilitar este centro. Hoje lançámos a semente e, brevemente, estaremos aqui para entregar a obra”, disse Alfredo Mucavela. Na ocasião, as crianças, representadas por Rita da Assunção Ribeiro, agradeceram o apoio do banco, ao qual pediram que replicasse o gesto a demais petizes assolados pelo ciclone, e não só.
“Com este apoio, o Standard Bank demonstra o amor que nutre pelas crianças. Encorajamos que continue com este tipo de iniciativas”, referiu Rita da Assunção Ribeiro, que pediu que o banco ajudasse a encontrar padrinhos para o centro.
A propósito, a representante das crianças acolhidas na ADESMO apontou a falta de máquinas de costura, computadores para aulas de informática, panelas de maior capacidade e bicicletas para o transporte dos activistas como algumas das necessidades do centro. A estas dificuldades juntam-se as de alimentação, vestuário, material escolar, equipamento para a formação profissional, água potável, entre outras, descritas pelo coordenador da ADESMO, Perane Jorge, que acrescentou que o centro acolhe, também, crianças seropositivas.
“Quando chegam ao centro, após um longo processo, que envolve as famílias de origem e as estruturas do bairro, as crianças são submetidas a uma avaliação médica. No caso de ser uma (criança) seropositiva, os activistas, em coordenação com os centros de saúde à nossa volta, fazem o devido acompanhamento, através da assistência médica e medicamentosa”, explicou o Perane Jorge.
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