Ossufo Momade distanciou o partido Renamo dos ataques que causaram a morte de pelo menos três dezenas de civis no Centro de Moçambique e disse que partido Frelimo “acarinhou e apadrinhou o surgimento dos ataques armados”. Na sequência da emboscada de um autocarro de passageiros na semana passada, onde terão morrido pelo menos dez pessoas, as autoridades reintroduziram escolta militar entre as províncias de Manica e de Sofala.
Falando em conferência de imprensa nesta segunda-feira (30), na Cidade de Maputo, o presidente do maior partido de oposição começou por afirmar que “a ocorrência de ataques armados à civis e destruição de bens nas províncias de Manica e Sofala constitui a nossa maior preocupação porque põem em causa a Paz e a Reconciliação Nacional, o nosso objectivo social e compromisso”.
“De forma desesperada os vários porta-vozes da Polícia da República de Moçambique, o seu Comandante-Geral, o ministro do Interior e o ministro da Defesa Nacional têm associado publicamente os ataques à Renamo, esquecendo-se que foi o Regime da Frelimo que acarinhou e apadrinhou o surgimento dos ataques armados naquelas províncias, com o objectivo de desestabilizar a Renamo durante a campanha eleitoral”.
Momade assinalou ainda que “o Regime aplaudiu quando o cabecilha dos atacantes disse publicamente que quer assassinar o presidente da Renamo, facto curioso é que este pronunciamento não mereceu condenação de ninguém, incluindo a nossa Sociedade Civil”.
Desde Agosto passado que num troço de menos de 100 quilómetros da Estrada Nacional nº1, única via rodoviária entre o Sul e o Centro/Norte de Moçambique, têm sido registados ataques armados a viaturas civis e militares reivindicados por militares dissidentes do partido Renamo liderados por um auto-proclamado general Mariano Nhongo.
Até a semana finda 21 civis tinham sido mortos na região. Na passada terça-feira (24) pelo menos dez pessoas terão morridos carbonizadas quando o autocarro de passageiros onde viajavam foi atacado por desconhecidos.
Nhongo, líder dos dissidentes que criaram uma Junta Militar da Renamo em Agosto, ameaçou publicamente atacar e incendiar viaturas que passarem pelo Centro de Moçambique caso Filipe Nyusi tome posse para um 2º mandato como Presidente da República para o qual foi reeleito nas Eleições Gerais de 15 de Outubro.
Relativamente ao processo de desarmamento dos seus guerrilheiros que deveria ter ficado concluído antes das Eleições Gerais, e é parte fundamental do Acordo de Paz rubricado a 6 de Agosto com o Governo, o líder do partido Renamo esclareceu que nada está parado, “que as Forças residuais da Renamo aguardam serenamente nas bases e sob comando do seu Estado Maior General, o desfecho do processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração”.
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