Para já, a AdeM, através da Área Operacional de Laulane, tem estado a efectuar 20 novas ligações, por dia, em Mapulene, onde identificou um total de 1.425 novos clientes, cujas ligações estão em curso.
A propósito desta empreitada, a directora da Área Operacional de Laulane da AdeM, Catarina Cumba, explicou que os residentes da zona de expansão de Mapulene clamavam pelo líquido precioso faz muito tempo: “Nós não tínhamos uma rede de abastecimento de água naquela zona, cuja água do lençol freático possui salinidade”, indicou.
Com efeito, segundo explicou, a população era obrigada a adquirir água nos camiões cisternas, que afluíam junto da Estrada da Circular de Maputo, o que concorria para o encarecimento do seu custo de vida. Por outro lado, alguns residentes de Mapulene percorriam longas distâncias à procura da água e acabavam por vandalizar a tubagem da rede de distribuição da empresa, instalada nas zonas circunvizinhas.
“Para pôr cobro a esta situação, a AdeM fez o lançamento da tubagem, numa distância de 22 quilómetros, para abastecer as alas esquerda e direita da zona de Mapulene, no âmbito da realização de um total de cinco mil novas ligações na Área Operacional de Laulane, ao longo de 2020”, referiu Catarina Cumba.
Abordada na sua residência, em Mapulene, a nova cliente da AdeM, Daquina Malei, contou que, na situação anterior, era obrigada a levantar-se da cama às três horas de madrugada: “Tinha que caminhar por longas distâncias a pé para obter apenas quatro bidões de 20 litros de água, por dia”, frisou.
Visivelmente satisfeita por beneficiar de água canalizada, Daquina Malei, que é também chefe do Quarteirão 4, no Bairro Costa do Sol, agradeceu à AdeM pela pronta resposta às aflições da população de Mapulene. Mapulene é uma zona que, devido às suas características geomorfológicas, era difícil de imaginar que daria lugar, um dia, a um luxuoso bairro de expansão, no qual abundam sumptuosas moradias em construção.
Numa dessas empreitadas trabalha o pedreiro Miraldo Sitoe, que usa a água da AdeM na preparação do betão: “Antes de termos a água canalizada, por vezes tínhamos que interromper as obras e percorrer longas distâncias à procura da água. Os camiões que vendiam água por vezes não vinham e quando viessem, comprávamos a preços exorbitantes”, contou.
Importa referir que o PAIRP visa diminuir o índice actual de perdas em diferentes sectores, de 50% para 19%, até 2023, focalizando-se em aspectos relacionados com a suspensão de clientes, consumo de água não facturada, eficiência energética, capital humano, uso de contadores fiáveis, entre outros.
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