Os efeitos da suspensão das aulas presenciais, em vigor no período de Estado de Emergência, não deixaram de se fazer sentir no universo do grupo IPS, Lda. (Instituto Politécnico Superior), do qual fazem parte a Universidade Politécnica, o IMEP e as Escolas Secundárias da Politécnica, presentes em várias províncias do País.
Contudo, os pais, encarregados de educação, os estudantes e os órgãos dirigentes do grupo IPS, da Universidade Politécnica, do IMEP e das Escolas Secundárias da Politécnica, após duas intensas semanas de concertação, encontraram alguns consensos de modo a permitir a continuidade das aulas online e a realização, a posteriori, de aulas presenciais, sem custos adicionais para os estudantes, após o fim do Estado de Emergência.
Entre os consensos encontrados destacam-se a redução da propina na Escola Secundária das Acácias em 15%; pagamentos faseados estabelecidos caso a caso, daqueles que estão com dificuldades de fazê-lo, bem como o prolongamento do prazo até 31 de Julho para a sua liquidação; a suspensão das multas e a manutenção da qualidade no ensino-aprendizagem, nas três instituições de ensino superior, técnico e secundário.
Foi ainda estabelecido que o semestre lectivo será prolongado até ao mês de Agosto próximo, também sem quaisquer custos adicionais para os estudantes, pais e encarregados de educação das três instituições.
Ao nível académico, os estudantes apontaram, como pontos críticos, o facto de estarem a ter dificuldades na assimilação das matérias no novo modelo de ensino-aprendizagem não presencial; haver disciplinas práticas ou laboratoriais que deverão ser ministradas, necessariamente, em regime presencial; a existência de cadeiras que não foram abertas nas salas virtuais e, por esta razão, estarem os estudantes a ser prejudicados e, ainda, pelo facto de alguns docentes não estarem devidamente preparados para o novo modelo de ensino virtual, denotando dificuldades no domínio no uso das plataformas tecnológicas de ensino online.
Em consequência destas e outras constatações, o grupo IPS fez envolver equipas de trabalho de áreas científicas que realizaram diagnósticos minuciosos em cada uma das disciplinas dos cursos, dialogando com os diversos chefes de turma, por via de plataformas online, para correcção das situações anómalas encontradas.
Deste modo, concluiu-se haver disciplinas que estão a decorrer satisfatoriamente, através do novo sistema online e que deverão continuar neste processo de leccionação, até ao fim do Estado de Emergência, também sem custos adicionais.
Verificou-se, igualmente, haver disciplinas que, embora decorram satisfatoriamente, têm uma componente prática ou laboratorial que não pode ser realizada no sistema não presencial, devendo, por isso, merecer uma extensão do calendário lectivo, para serem concluídas de forma presencial e sem custos adicionais para os estudantes, após a reabertura oficial das instituições para o ensino presencial.
Constatou-se haver ainda algumas disciplinas com desempenho insatisfatório, devendo, por isso, ser interrompidas e reiniciadas, após o fim do Estado de Emergência e consequente reabertura oficial das aulas presenciais, também sem custos adicionais para os estudantes.
No que respeita às disciplinas que não foram iniciadas, serão leccionadas após a reabertura oficial das instituições para o ensino presencial.
Quanto às avaliações, concluiu-se que as realizadas no regime não presencial serão válidas, admitindo-se, no entanto, a necessidade de poder haver avaliações presenciais, por razões técnicas ou aspectos específicos das disciplinas, sendo o peso de 40% para as avaliações online e 60% para as presenciais. No caso dos estudantes que não participaram nas avaliações já realizadas, os docentes deverão organizar uma segunda época de avaliação.
Refira-se que, de um universo de perto de 7.000 estudantes da Universidade Politécnica, do IMEP e das Escolas Secundárias da Politécnica, uma parte considerável tem vindo a apresentar dificuldades de honrar com os seus compromissos financeiros como consequência resultante do Estado de Emergência, estando estes casos a ser tratados individualmente para sua acomodação. No entanto, alguns pais e encarregados de educação, sobretudo, no ensino secundário, têm vindo a insistir na redução em 50% da propina, sem apresentar critérios objectivos.
“Este facto colide com o consensualizado, o que provoca uma grande instabilidade no universo de mais de 1.000 trabalhadores que estão a prestar serviços ao grupo, entre docentes, técnicos e pessoal de apoio”, segundo referiu o PCA do grupo IPS.
Lourenço do Rosário acrescentou “que, com mais de 1.000 trabalhadores, o grupo IPS depende do pagamento das propinas escolares para a sua estabilidade financeira, garante o pagamento integral dos salários e a sobrevivência directa e indirecta de cerca de 5.000 pessoas entre os colaboradores e os seus agregados, para além de outros compromissos financeiros assumidos pela instituição, nomeadamente a banca e fornecedores de serviços e consumíveis”, disse a finalizar.
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