O Presidente Filipe Nyusi que durante 5 anos não conseguiu construir as 4.500 salas de aulas que se propôs em 2015 vangloriou-se que nos primeiros 100 dias do seu 2º mandato concluíu a construção de 58 escolas. O @Verdade apurou que no ano lectivo 2020 mais de 341 mil alunos vão estudar em 6 mil turmas ao ar livre em Moçambique. Mais dramático é que até 2024, Nyusi propõe-se a edificar apenas 3.355 salas de aulas.
Após ter sido incapaz de cumprir a promessa de edificar 4.500 salas de aulas entre 2015 e 2019, ficando-se por apenas 3.004 salas para os ensinos primário e secundário, o Presidente Nyusi fez um balanço glorioso dos primeiros 100 dias do seu 2º mandato. “Disponibilizamos 2.233 carteiras escolares e ainda durante os primeiros 100 dias concluímos a construção de 58 escolas, entre as do ensino primário e secundário”, anunciou no passado dia 27.
Desconhecendo quantas salas ficaram disponíveis nestas escolas cuja construção remonta ao 1º mandato, aliás contabilizar salas de aulas umas vezes e noutras escolas é um dos artífice do Governo para confundir a verificação das metas que não cumpre, o @Verdade apurou no Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano que para o ano lectivo que iniciou e foi interrompido 341.972 estavam a estudar em 6.518 turmas ao ar livre.
De acordo com o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano 1.773 salas de aula ao relento estão na Província da Zambézia, 1.330 nas Província de Maputo, 896 na Província de Nampula, 596 na Província de Tete, 579 na Província de Sofala, 461 na Província de Cabo Delgado, 323 na Província de Manica, 273 na Província de Gaza, 160 na Província de Niassa e 127 na Província de Inhambane. Neste rol não estão incluídas as salas de aulas construídas em material precária que são também muitas milhares.
Nyusi vai terminar o 2º mandato deixando milhares de alunos a estudarem ao ar livre
O @Verdade descortinou no Plano Quinquenal do Governo 2020-2024, recentemente aprovado pela Assembleia da República, que só estão previstas edificar “3.355 salas de aulas para o Ensino Primário em todo o país” e “200 escolas para o Ensino Secundário em todo o país”. Paradoxalmente cerca de metade das 6.518 turmas actualmente ao ar livre.
Para o ano de 2020, o Plano Económico e Social que não prevê o impacto social e económico da pandemia da covid-19, inscreveu na “Prioridade para Impulsionar o Crescimento Económico, a Produtividade e a Geração de Emprego” a construção de 1.355 salas de aula para o Ensino Primário e ainda concluir a construção de 20 escolas (200 salas) para o Ensino Secundário que só vão beneficiar pouco mais de 181 mil alunos, pouco mais da metade dos 341 mil que vão estudar ao ar livre.
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