O ministro da Saúde afirmou que embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) preveja que o pico da pandemia da covid-19 no continente africano possa acontecer nas próximas quatro a seis semanas, Moçambique mantém a estratégia de atrasa-la até Janeiro ou Fevereiro de 2021. “O pico que nós queremos é que não seja dentro desse período que está a ser dito pela OMS”.
A directora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, afirmou na quinta-feira (07) que o pico da covid-19 no continente africano deverá acontecer dentro de quatro a seis semanas, mostrando-se esperançosa na recuperação da região após a pandemia.
“Olhando para a evolução da pandemia de covid-19 e especialmente agora que estamos a olhar para a propagação comunitária em alguns países, estimamos que a doença atingirá o seu pico dentro de quatro a seis semanas, se nada for feito”, disse Matshidiso Moeti durante umaa conferência de imprensa online sobre a evolução da covid-19 no nosso continente.
O @Verdade questionou ao ministro da Saúde se esta previsão aplica-se a Moçambique. “Pico é uma questão de estimativas, pico de qualquer doença é uma estimativa que usa modelos matemáticos, o pico que nós queremos é que não seja dentro desse período que está a ser dito pela OMS, portanto todas as medidas que devemos fazer devem estar orientadas que o pico seja precoce, queremos retarda-lo para garantir a protecção do Sistema de Saúde”, declarou o ministro Armindo Tiago em conferencia de imprensa em Maputo, no sábado (09).
O nosso país, ao contrário de outros em África e pelo mundo, antecipou-se na implementação de medidas de prevenção mais rígidas, como foi a imposição do Estado de Emergência a 1 de Abril, com o objectivo de quebrar a transmissão do novo coronavírus tornando o progresso da pandemia lento e com isso evitar a explosão de casos que poderia colapsar o precário sistema de saúde nacional e ainda ganhar tempo para que apareça uma vacina.
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