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terça-feira, 3 de setembro de 2019

PR a verificar casas de banho indica falta de preparação de Moçambique

Foto de Adérito CaldeiraQuando o Presidente da República tem de verificar se as casas de banho estão em condições para receber a Visita Apostólica é sintomático da falta de preparação de Moçambique para acolher eventos de dimensão mundial. O ministro José Pacheco reviu em alta os custos que o Governo inicialmente estimou em 20 milhões de Meticais.

Pela segunda vez o Chefe de Estado, que em Moçambique acumula milhares de funções e está em campanha de reeleição, esteve a verificar se os locais que vão ser visitados pelo Papa Francisco e receber os actos públicos do Santo Padre estão efectivamente preparados.

Numa evidente desconfiança da capacidade dos seus subordinados Filipe Nyusi chegou ao detalhe de perguntar pelo estado das casas de banho que viu e não gostou, na primeira visita que fez ao estádio nacional do Zimpeto, e até se o som faria eco perguntou no pavilhão do Maxaquene. Nyusi queria mesmo era saber se o áudio fará os “feedbacks” que acontecem recorrentemente nas cerimónias que tem orientado publicamente.

É inadmissível que na véspera do início da Visita Apostólica, que tem vários momentos públicos e com trajectos do Pontífice argentino no Papa móvel, ainda não sejam conhecidas as vias que estarão condicionadas ao tráfego, e em que alturas, numa cidade cada vez mais congestionada como é Maputo.

À parte dos apelos pelos meios de comunicação social, particularmente estatais, pouca informação existe nas cercanias dos locais a serem visitados que tradicionalmente são de grande tráfego de pessoas e viaturas, mesmo em dias de tolerância de ponto.

A verdade é que se não fosse a organização da Igreja católica, moçambicana e os que vieram apoiar, a situação seria bem dramática.

O presidente da Comissão Interministerial para Grandes Eventos Nacionais e Estrangeiros, José Pacheco, actualizou nesta terça-feira que os custos para o Governo, inicialmente estimados em 20 milhões de Meticais, já foi largamente ultrapassado sem precisar em quanto. Dom António Juliasse, coordenador da Visita Apostólica, disse ao @Verdade que para Igreja os custos são de 12 milhões de Meticais.

Na última conferencia de imprensa conjunta da Igreja e da Comissão Interministerial para Grandes Eventos Nacionais e Estrangeiros notou-se a exasperação do Núncio Apostólico de Moçambique que pegou no microfone e corrigiu: “Visita pastoral e de Estado são palavras bonitas mas a versão correcta é Visita Apostólica” disse Dom Piergiorgio Bertoldi.



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