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domingo, 15 de março de 2020

Governo cria mais uma “Agência” para o “mamanço”

Durante a sessão extraordinária do Conselho de Ministros da passada quinta-feira (12) o Governo de Filipe Nyusi criou mais uma instituição para o “mamanço” das receitas ansiadas da exploração do gás natural da Bacia do Rovuma: a Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN).

“A ideia é aproveitar melhor as potencialidades que esta zona apresenta, desde os recursos naturais e outras, de modo que o desenvolvimento seja feito de forma integrada, harmoniosa e combinada”, esclareceu a jornalistas o porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suazi.

De acordo com Suazi a ADIN que vai promover o emprego para a juventude no Norte do país tendo em vista evitar o recrutamento de jovens por grupos armados, que têm realizado ataques na província de Cabo Delgado desde Outubro de 2017.

Os jovens poderão encontrar na Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte “uma oportunidade para se ocuparem, inspirarem e acreditar que o seu país tem muito mais a dar do que integrar um grupo de malfeitores que acabam fazendo mal a um Estado”, acrescentou o vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos.

Mas o @Verdade apurou que as competência da ADIN confundem-se com outras instituições governamentais particularmente a recém criada a Secretaria de Estado da Juventude e Emprego.

Agências e Fundo Públicos em Moçambique, devido a sua autonomia administrativa, tem sido verdadeiros antros de corrupção e “sacos azuis” usados pelos “camaradas” aos longo de décadas, um dos exemplos é a Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze que é mais conhecida pelo que não fez e actos de má gestão dos fundos públicos donativos que tem recebido.

Só no ano de 2017 o Tribunal Administrativo detectou mais de 21 milhões de meticais gastos na contratação de bens, serviços e empreitadas sem contratos. No mesmo exercício económico, de acordo com o Tribunal Admnistrativo, a Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze pagou mais de 5 milhões de meticais à margem dos contratos estabelecidos. A instituição usou 3,7 milhões fora do âmbito dos projectos a que o dinheiro se destinava, gastou 82,9 milhões de meticais em despesas sem a documentação apropriada e ainda esbanjou 35 milhões de meticais o nº 1 do artigo 172 do Regulamento de Contratação Pública.



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