A sede da Universidade Mussa Bin Bique, em Nampula, transformou-se num campo de batalha das duas alas do Centro de Formação Islâmica, que reivindicam a direcção da associação, por sinal patrona da universidade.
Na sexta-feira, uma delegação que se diz direcção legítima do Centro de Formação Islâmica (CFI) evadiu a universidade, rescindiu contrato de arrendamento da residência do reitor e meteu queixa na procuradoria provincial.
Mas recuemos um pouco na polémica. A 19 do mês em curso, Casimiro Givá, que dissera ser o presidente legítimo do CFI, teria reconduzido Francisco Alar ao cargo de reitor da universidade, cargo que havia deixado à disposição na sequência do rumo estranho que a universidade estava a tomar. No entanto, na última sexta-feira, uma delegação do CFI, mandatada por Momad Bay, esteve nas instalações da sede da Universidade Mussa Bim Bique em Nampula, para anular todas as nomeações efectuadas por Givá e fazer cumprir o despacho de demissão do reitor da universidade.
Dino Hibrahimo, que diz ser vice – presidente da direcção legítima do Centro de Formação Islâmica, confirma já ter recorrido às autoridades judiciais para responsabilizar Francisco Alar e Casimiro Givá dos possíveis desmandos na Universidade e conta como a polémica começou. "O Doutor (Francisco) Alar pôs-nos a leste de tudo. Tivemos que fazer um documento a cancelar o contrato de casa que nós fizemos e os telefones. Apanhámos a situação de Quelimane – quatro meses sem vencimentos. Fomos a Quelimane e em 18 dias conseguimos pagar três meses de atraso. Quando queríamos partir para Nampula para fazermos uma auditoria à sede, é daí onde parte a confusão. Primeiro, mandámos cancelar as contas todas e não deixámos Alar assinar as contas. Mandámos uma brigada para contabilizar, ele simplesmente proibiu-a. Mandámos uma brigada de contabilidade, ele proibiu-a e fugiu para Maputo."
Mais, realçou que "Nós estamos descontraídos. Já fomos à procuradoria entregar a queixa e a procuradoria vai saber como resolver o problema."
Por seu turno, Faruj Badat, que disse ser presidente da mesa da assembleia-geral do CFI, revela o que, na sua opinião, está por detrás da crise no Centro de Formação Islâmica, que se estende à Universidade Mussa Bin Bique e atacou Givá, que reclama o cargo de dirigente legal do CFI. "Esse senhor (Givá) tem memória curta. Há meses atrás demitiu o senhor Alar do cargo de reitor e hoje admite-o, de novo, mas a direcção legal do CFI somos nós.
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