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sábado, 26 de maio de 2012

Reflectindo sobre Moçambique: Docentes consideram-se traídos e abandonados

Reflectindo sobre Moçambique
Um blog que tenta trazer actualidade política de Moçambique para os moçambicanos e amigos de Moçambique vivendo fora do país. Este é também vosso, por isso tem o título "Reflectindo sobre Moçambique". É um dos espaços para debate e comentários. Os vossos comentários são bem vindos.
Docentes consideram-se traídos e abandonados
May 26th 2012, 14:05

Traídos e abandonados pelo Governo é como se auto-retratam os professores em exercício na cidade de Quelimane.
Tudo começou nas vésperas da visita presidencial à Zambézia, na segunda quinzena do mês de Abril último. Para evitar que o Executivo fosse "julgado" em público pelos professores, o Governo envolveu-se no árduo "trabalho de casa", fazendo o levantamento de todos os docentes que tinham remunerações em atraso do ano passado com promessas de pagar antes da chegado do Chefe do Estado.

De facto, o levantamento foi feito, principalmente nos estabelecimentos de ensino secundário. Os professores foram chamados pelos sectores administrativos das suas escolas para confirmar se, as dívidas arroladas correspondiam ao valor devido ou não. Em caso de confirmação, os professores eram orientados para requerer o pagamento das horas extras junto ao representante do Estado na autarquia de Quelimane.
Como o Chefe do Estado começaria por Quelimane a sua visita de trabalho, a representação do Estado quis evitar que os professores "irrompessem" no comício para falar do problema que se arrasta há dois anos sem solução. Passa agora um mês e os professores exigem uma explicação clara e objectiva do objectivo do levantamento feito, uma vez que está provado que o Governo deve aos funcionários visados.
Para perceber as razões da urgência do levantamento e o não pagamento das horas extras, a nossa Reportagem abordou a directora dos Serviços Distritais da Educação, Ciência e Tecnologia da Cidade de Quelimane, Maria Estanha que, entretanto, declinou prestar qualquer tipo de informação, remetendo-nos ao representante do Estado na capital provincial da Zambézia, Silvério dos Anjos. No entanto, tentativas de falar com este, redundaram num fracasso porque, na circunstância, estava ausente do seu gabinete de trabalho (Jocas Achar)

Fonte: Jornal Notícias - 25.05.2012

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