Manifestações da UNITA decorrem de modo ordeiro
Na região Centro-Sul de Angola a manifestações convocadas pela UNITA para exigir a realização de eleições livres, justas e transparentes decorreram sem incidente, apesar das contramanifestações organizadas pelo MPLA. A manifestação em Benguela contou com participação do Partido Popular do advogado David Mendes. A oposição alega ter havido boicotes aos meios de transporte pretendidos pela UNITA para deslocar os militantes aos locais de concentração. Os membros daquela força política movimentaram-se por meios próprios, alguns percorrendo longas distâncias a pé para participarem das manifestações nas capitais províncias. No Huambo, por exemplo, enquanto a oposição concentrava mais de 160 mil pessoas no Largo Saydi Mingas, o MPLA reuniu no Largo Primeiro de Maio, mais de 2 mil contramanifestantes. Na província do Bié cerca de 120 mil militantes e amigos do maior partido na oposição percorreram as principais artérias do Kuito exigindo o fim da ditadura em Angola. Durante a sua intervenção Elith Ekolelo secretário da UNITA no Bié, disse que, "o estado angolano foi sequestrado e transformado num estado guerreiro de não direito que asfixia as liberdades democráticas e serve-se do direito para subverter a justiça." Em Benguela, um dos focos dos protestos foi atribuição à companhia Deloitte da responsabilidade de conduzir a auditoria sobre os dados do registo eleitoral. Os mais de 50 mil manifestantes alegavam falta de transparência no processo de seleção da referida empresa.
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