Mais de catorze mil quilos de produtos de origem animal importados de forma ilegal da vizinha África do Sul, foram destruídos, por incineração, esta sexta-feira, na cidade de Maputo.
Os produtos constituídos por frangos, patas, pescoços de galinha, pernas de peru, filetes e outros derivados, foram apreendidos entre os meses de Abril e Maio deste ano, através de uma operação que desde os finais de 2011, envolve as alfândegas, a polícia e os Serviços de Pecuária da Província do Maputo.
A carne iria abastecer os mercados de Maputo e alimentar muitas famílias, mas agora, sob fortes medidas de segurança e desconfiança de parte a parte, vai toda ela ao forno.
É que para além de ter entrado de forma ilegal no território nacional, análises microbiológicas encomendadas pelas autoridades concluíram que representa um risco para a saúde humana, ou seja, um vector para a transmissão da cólera e outras doenças.
Segundo o chefe dos Serviços de Pecuária na Província do Maputo, José Mendonça, são mais de 40, os importadores ilegais destes produtos avaliados em cerca de 14 milhões de meticais.
O artigo 21 do actual Regulamento de Sanidade Animal, estabelece no número 1 que não é permitida a entrada no país de qualquer animal, seus produtos, subprodutos, despojos, forragens e produtos biológicos que não venham acompanhados da licença de importação emitida pela autoridade veterinária e certificado internacional.
Mendonça esclarece que há um trabalho de sensibilização com relação ao referido regulamento levado a cabo junto dos importadores desde 2011,mas há resistência.
Por outro lado, estes produtos eram transportados em camiões e em condições higiénicas deploráveis, em sacos e caixas. Mais vale tarde que nunca, mas o facto é que inúmeras vezes, toneladas de produtos de origem animal entraram nessas condições e foram comercializadas em Maputo e não só.
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