Rumores de manifestação
Aparato policial em alguns pontos, fraco movimento nas paragens e falta de transporte público nas primeiras horas da manhã, foram as características gerais desta sexta-feira, que em Maputo ameaçava ser de manifestação, que não passou de ameaça.
Com as memórias dos dias 1 e 2 de Setembro de 2010 ainda vivas, que resultaram em mortes e destruições, os residentes de Maputo e Matola acordaram hoje com um misto de expectativas e timidez que foi se desfazendo aos poucos, depois das 9 da manhã, duas horas depois do início da hora do expediente da função pública.
As mensagens que ontem foram postas a circular ameaçavam a uma "grande greve geral" em reivindicação à remoção de barracas nas ruas de Maputo e o custo de vida, e anunciava vandalismo contra residências, escolas e lojas avisando os pais para terem "muito cuidado" e "não deixarem os filhos saírem de casa".
Nas ruas de Maputo, a reportagem da Voz da América colheu os sentimentos de alguns populares. No geral disseram ter tido conhecimento da ameaça de manifestação, através de mensagens recebidas ou conhecidos dando conta da existência dos rumores.
Alguns afirmaram que não levaram muito em conta, mas outros estavam em estado de prudência.
Com a tarde caindo, voltavam de novo os receios entre muitos cidadãos que residem nas periferia de Maputo, muitos dos quais preferiram recolher cedo para os locais de residência, por forma a evitar surpresas.
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