Comércio e contrabando do marfim na China
O aumento de números de elefantes mortos em África está relação directa com a procura do marfim na China.
A correspondente da VOA em Nairobi, Cathy Majtenyi conversou com um especialista que descreve como o marfim, conhecido como o "ouro branco" é contrabandeado fora do continente.
Um relatório indica que em 2011, os caçadores furtivos arrecadaram 5200 presas de elefantes o equivalente a 23 toneladas de marfim, representando mais de 2500 elefantes mortos. O documento adianta que a maioria desse marfim foi comercializado na China.
Elizabeth Wamba trabalha para o Fundo Internacional de Protecção Animal, na África Oriental.
"O aumento da procura de produtos derivados do marfim na China está a conduzir ao abate de elefantes por toda a África. Tem sido demasiadamente grande. Em alguns locais, atingiu aumentos de centenas de percentagens."
O relatório cita uma notícia de um leilão, que descreve que em 2011 foram vendidos 11 mil peças de marfim na China num valor total de 95,4 milhões de dólares, um aumento em 107 por cento comparado ao ano anterior.
O documento adianta que o preço do marfim subiu, e que a forte moeda chinesa em relação ao dólar tornou o negócio ainda mais vantajoso para os compradores chineses procurarem o marfim directamente nos mercados mundiais.
O aumento da procura deveu-se, segundo detalha ainda o relatório, ao incremento da venda legal de presas de elefantes na China e no Japão em 2008, e provenientes da África do Sul, Zimbabué, Namíbia e Botswana.
A televisão chinesa reportou que o investidor comum considera os produtos derivados do marfim como sendo "ouro branco."
O relatório sublinha que a China introduziu em 2004 um sistema para controlar o mercado interno de marfim e conforma-lo a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies em vias de Extinção, mas esta regulação tornou-se virtualmente inexistente.
Das 158 lojas ou instalações de venda do marfim inspeccionadas por especialistas chineses em 5 cidades do país, 101 delas estavam a operar ilegalmente, e sem licenças atribuídas pelo governo.
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