Desconhecidos saquearam residência do correspondente da Voz da América (VOA), José Manuel, em Cabinda. O incidente ocorreu na tarde de domingo, durante a ausência do jornalista, numa viagem à Nigéria, e quando a esposa e filhos se encontravam num óbito.
Os desconhecidos cortaram o gradeamento, arrombaram a porta e introduziram-se na residência. Levaram meios informáticos do jornalista José Manuel, documentos da esposa, destruíram louça sanitária e um tecto falso. O quarto do casal foi revistado e vandalizado. A roupa ficou espalhada no chão.
O acontecimento deixa a família do jornalista, amigos e colegas, e activistas dos direitos humanos revoltados. José Manuel foi alvo de tentativas anteriores de intimidação.
Numa delas, quatro indivíduos vestidos de negro e com armas de fogo, entraram à noite no quintal da sua residência, procurando-o. O jornalista foi advertido por vizinhos a não regressar a casa. Queixas à polícia foram infrutíferas.
José Manuel foi também chamado a depor em processos judiciais inexistentes após a sua cobertura de incidentes entre um grupo de jovens e a polícia, durante a visita de uma delegação da União Europeia a Cabinda.
O assalto de domingo coincidiu com a participação de José Manuel no Fórum dos Peritos e Membros da Sociedade Civil, em Abuja, capital da Nigéria, para analisar mecanismos de redistribuição de riqueza e o combate à corrupção no Golfo da Guiné.
José Manuel já se encontra de regresso ao país e, em contacto telefónico com o seu colega do Namibe, Armando Chicoca, desejou aos que o perseguem "mais vida" e garantiu que "Deus saberá dar resposta adequada a cada uma destas pessoas".
José Manuel afirma que se "mantêm vigoroso" e como sempre dará o seu melhor, quer como advogado, quer como activista e jornalista.
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