O Canal de Moçambique, na sua última edição, expôs a podridão que permeou a partilha das casas da Vila Olímpica. Os senhores de terra deste rochedo à beira-mar, obviamente proprietários de grandes fortunas, apressaram-se a ficar com uma parte das casas para os seus rebentos.
Entre os beneficiários está Alberto Chipande, Carmelita Nhamashulua, Deolinda Guezimane, João Pelembe, Raimundo Maico Pachinuapa, entre outros.
Porém, o director de planificação e investimentos, do Fundo de Fomento de Habitação, Borges da Silva, apressou-se, também ele, qual cachorro fiel, a afirmar descaradamente que as casas não são para estes antigos combatentes, mas sim para os seus filhos.
O que o director não compreende é que o filho de um sapateiro não goza das mesmas possibilidades que o descendente de um Governador, um Presidente do Conselho de Administração do Corredor do Desenvolvimento do Norte, uma Ministra da Administração Estatal ou da Defesa.
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