O BOXE na província de Nampula está votado ao abandono, carecendo do amparo a todos os níveis e de todos, desde a Federação Moçambicana da modalidade, Direcção Provincial da Juventude e Desportos ou do empresariado local.
O grito de socorro é do presidente da Associação Provincial da modalidade, Mussito António Jr., que ajunta que em face deste abandono, a agremiação que dirige não conseguiu realizar sequer um prova este ano, numa província onde há cada vez menos pessoas que se interessam pela modalidade, pese embora seja uma referência a nível nacional.
"Este ano ainda não movimentámos qualquer prova por causa da falta de condições. Não temos ringue em condições, botas, calções, camisetes, entre outro material", referiu, ajuntando que, por outro lado, há uma evidente falta de acompanhamento por parte da Federação Moçambicana de Boxe, principalmente por parte da pessoa do seu presidente que desde o "Nacional" que teve lugar naquela província em 2010, nunca visitou aquele ponto do país para se inteirar do quotidiano da modalidade.
Neste momento, prossegue Mussito Jr., em toda a província, o boxe é movimentado por apenas duas academias, uma pertencente a ele e, outra denominada Academia Bebé Issufo, de um empreendedor local, sendo que as restantes agremiações, dentre elas, os clubes, desistiram da modalidade por falta de apoio e incentivos. As duas academias movimentam um total de 50 atletas, mas atravessam dificuldades a todos níveis.
Por outro lado, conta Mussito, à associação que dirige não é alocado orçamento, nem por parte da federação e muito menos da Direcção Provincial da Juventude e Desportos, mas o que o espanta é que as restantes recebem, o que ilustra o quão a modalidade está votada ao abandono.
"O que me espanta é que Nampula é potência nesta disciplina desportiva, ficou em segundo lugar no último "Nacional" realizado em 2010, mas desde aquele campeonato ficámos parados devido à falta de condições. O que queria reiterar é que não precisámos necessariamente de dinheiro, mas sim dos materiais", explicou.
A concluir, a fonte disse que por enquanto, os atletas treinam nas instalações do Sporting Clube de Nampula graças à simpatia que granjeia naquele clube, sendo que outras agremiações e escolas da província por si contactadas para o efeito, exigiam três mil meticais por cada dia de treino, o que era insustentável para a associação que funciona com cofres vazios.
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