Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós
O Mamparra da semana é a Primeira-Dama da República de Moçambique, Maria da Luz Guebuza e o seu Gabinete na sua total extensão pelos pedidos que tem feito a empresas públicas e privadas para a inserção de publicidade na revista "Chama", detida por eles.
Sim, a revista de 144 páginas está repleta de publicidade que é deliberadamente solicitada por vias de cartas aos gestores dessas empresas, numa éspecie de "chatangem económica" do tipo dás ou não e quem ousa não dar publicidade à mulher do Chefe do Estado, o marido da senhora Maria da Luz Guebuza? Quem ousaria cometer tal asneira? E a cometê-la, onde estaria neste momento?
Da extensa lista de empresas públicas que publicitam e patrocinam a revista, contam-se as seguintes: Petromoc, EDM, Mcel, TDM, FUNAE (Fundo Nacional da Energia), HCB, e FIPAG. Nesse leque de benfeitores é preciso acrescentar empresas privadas que também lutam para fazer constar a sua imagem na revista da mulher mais importante do país. Afinal é importante publicitar na "Chama", não para chamar potenciais clientes, mas para ser visto como empresa comprometida com as causas do Gabinete da Primeira-Dama.
As mamparrices de outrora da primeira dama foram reportadas o quanto baste, em tempos recentes quando o seu papel fez confundir a República com uma Monarquia, onde ela era a Rainha com direito a cobertura. A
gora esta de mandar cartas e cartas, solicitando publicidade a vastas empresas, não faz lembrar o diabo. Quem Maria da Luz e o seu gabinete pensam que são?
A revista Chama, tem uma editora, a senhora Flávia Cuereneia, esposa do ministro da Planificação e Desenvolvimento, o senhor Aiuba Cuereneia.
A revista do gabinete da mulher mais importante deste país tem uma tiragem de 2500 exemplares, isto é, é lida por uma certa elite, não abrangendo centenas de milhares de moçambicanos que provalvemente estão no eco das palavras da senhora Guebuza quando fala com compaixão das suas causas sociais.
Mamparra, mamparra e mamparra.
Até para a semana!
PS: Nas últimas duas semanas, esta rubrica não chegou ao estimados leitores por assuntos de força maior, entretanto já ultrapassados.
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