Desde as primeiras horas desta quinta-feira (03), o Terminal Rodoviário Internacional da Junta, na capital moçambicana, está a registar um movimento invulgar de passageiros que a partir daquele ponto pretendem chegar a Ressano Garcia com destino a vários lugares da vizinha África do Sul.
Porém, há falta de transporte. Por causa disso, a correria no trajecto Maputo/Ressano Garcia e vice-versa, dada a necessidade de ter mais clientela, é maior.
Os transportadores só embarcam passageiros da Junta para aquela vila fronteiriça. De lá para Maputo não o fazem alegadamente porque há muito poucos passageiros e mais vale chegar depressa na Junta para facturar. Francisco Simião é fiscal da Associação dos Transportadores e está afecto na rota de Ressano Garcia.
Explicou ao @Verdade que a escassez de transporte deve-se ao facto de o Conselho Municipal de Maputo não permitir que transportadores não licenciados operem na via em causa, enquanto o número de viaturas com licenças é muito reduzido.
Na sua opinião, a falta de transporte, que já está a deixar os que a partir da Junta pretendem viajar para Ressano Garcia com os nervos à flor da pele, podia ser minimizada se a edilidade ponderassem.
Durante estes dias de elevada procura devia consentir a entrada de operadores não licenciados, mas devidamente identificado, para evitar as longas filas que caracterizam o ambiente neste momento.
Aníbal Amone, vice-presidente da Associação dos Transportadores ATAPFHUKA, disse que maior parte dos carros que trabalham a agremiação que dirige não possuem licenças.
Por isso, que são proibidos de entrarem na Terminal Rodoviário Internacional da Junta. Os passageiros vêem-se obrigados a permanecer muito tempo a espera de carros. Ele garantiu que só ontem, mais de 90 carros terão partido daquele terminal para Ressano Garcia.
Até ao princípio da tarde desta quinta-feira (03), 40 viaturas teriam feito o mesmo trajecto e não conseguem satisfazer a demanda. Enquanto isso, na rota Moçambique/África do Sul (directo), por exemplo, há pouco movimento. Em média partem 6 a 7 carros por dia.
Aníbal Amone disse não entender o que está por detrás da não preferência de transportes que vão directo para a terra do rand, apesar de que garantem segurança em relação a aqueles que terminam em Ressano Garcia.
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