Moçambique foi o segundo país maior receptor da ajuda pública de Portugal, a seguir a Cabo Verde, que lidera o grupo de 10 países que mais fundos de apoio ao desenvolvimento socioeconómico receberam entre 2011/2012 daquele país europeu.
No período em referência, Moçambique recebeu de Portugal cerca de USD170 milhões, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), realçando que, apesar da crise financeira que abala aquele país, "Portugal contrariou a tendência de alguns doadores cuja ajuda aos países em desenvolvimento tende a reduzir".
Os restantes países que mais receberam ajuda pública lusa apresentaram valores individuais que "não chegam à casa da centena de milhões de dólares norte-americanos" e são, entre eles, São Tomé e Príncipe, Angola e Guiné-Bissau, da África Subsaariana, tida como a região que mais se beneficiou da ajuda de Portugal no mundo no período em apreço.
Equidade de género
Por outro lado, a OCDE considera que Moçambique é o 39.º mais equitativo no que respeita à observância dos princípios de género dos 86 países emergentes analisados, posição que coloca o país como um dos "mais exemplares em termos de criação de oportunidades entre homens e mulheres".
Refira-se, entretanto, que, em 2003, a situação era grave, pois cerca de 43% das raparigas moçambicanas, com idades compreendidas entre 15 e 19 anos, estavam na condição de casadas, divorciadas e/ou viúvas, contra 52% de taxa de 1980.
A OCDE realça que a situação é indicativa de que a "aceitação social do casamento precoce está a diminuir no país".
A OCDE foi criada em 1948 e é constituída por países que partilham princípios da democracia representativa e de economia de livre mercado visando solucionar problemas comuns e coordenar políticas económicas domésticas e internacionais.
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