Aviões de guerra árabes bombardearam um complexo de segurança próximo da cidade portuária de Hodeidah, no Iêmen, matando 60 pessoas, incluindo presidiários mantidos no local, disseram uma autoridade regional, parentes e fontes médicas neste domingo.
A prisão no bairro de Al-Zaydiyah mantinha 84 presidiários quando foi atingida três vezes no fim de sábado, disse à Reuters Hashem al-Azizi, vice-governador da província de Hodeidah controlada por rebeldes houthis.
Autoridades locais disseram que o local pertence a um complexo de segurança para a área guardada por milicianos houthis, mas que apenas guardas de segurança da prisão estavam presentes durante o ataque aéreo, realizado à noite.
A coligação liderada por sauditas tem combatido o movimento armado dos houthis no Iêmen desde março de 2015 para tentar restabelecer o presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi, reconhecido internacionalmente e que foi forçado ao exílio pelo grupo aliado do Irã no fim de 2014.
Uma testemunha da Reuters no complexo de segurança disse que todo o prédio foi destruído e que médicos removeram cerca de 17 corpos, muitos dos quais com membros perdidos, enquanto outros permaneceram presos por baixo dos destroços.
Um dos ataques alvejou directamente o prédio, acrescentou a testemunha, derrubando-o sobre as cabeças dos prisioneiros, enquanto outros dois atingiram o portão do complexo e prédios próximos da administração.
Um porta-voz da coligação liderada pelos sauditas não respondeu imediatamente um pedido da Reuters por comentários.
O ataque aéreo foi um dos mais mortais entre os milhares de bombardeamentos que têm falhado amplamente em desalojar os Houthis da capital Sanaa, mas já atingiram repetidamente escolas, mercados, hospitais e casas, levando à morte de muitos civis.
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