Mais um indivíduo está a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM) em Maputo, desde a semana passada, suspeito de abusar sexualmente de nove crianças do sexo masculino, repetidas vezes, mas nenhuma das vítimas denunciou o caso aos pais. É o segundo caso num mês, sendo que o primeiro aconteceu no bairro George Dimitrov, vulgo Benfica.
O caso deu-se no bairro de Mafalala. Um dos episódios mais gritantes relatados pelos rapazes sujeitos a tal humilhação tem a ver com o facto de, nalgumas ocasiões, terem sido forçados engolir o sémen do alegado estuprador.
O sexo oral era igualmente uma das orgias protagonizadas pelo acusado, que, de acordo com um dos adolescentes, oferecia dinheiro em troca do silêncio das suas vítimas. “Ele dizia para não queixarmos e dava a cada um de nós 50 ou 100 meticais. Fazia isso muitas as vezes e há dias em que pedia para irmos ter com ele em grupo enquanto tomava banho”.
Um outro rapaz contou que o presumível violador oferecia-lhes ainda comida. “Mandava-nos tirar a roupa ou baixar as calças, sentar na cama e abrir as pernas. Enquanto fazia com alguns, os outros assistiam” à espera da sua vez.
O incriminado declarou-se inocente e alegou que as acusações que pesam sobre si viam manchar a sua imagem. Segundo os progenitores dos miúdos, o indiciado pedia sempre ajuda para alguns trabalhos caseiros, mas tudo não passava de uma mentira para satisfazer os seus apetites sexuais.
Os pais e encarregados de educação dos miúdos com mais de 12 anos de idade, não esconderam a sua revolta com a situação e não pouparam críticas aos filhos por terem escondido o que lhes acontecia.
“Uma criança de cinco anos podia ter contado o que se passava, mas o meu filho passou por isso várias vezes e ficou calado. Há dias que chegava em casa estranho e, por vezes, a coxear mas quando eu perguntava o que tinha acontecido dizia nada. Não quero acreditar que isto aconteceu”, disse um pai ao @Verdade.
Uma mulher cujo filho foi também estuprado disse que o chão parecia desparecer dos seus pés quando tomou conhecimento de que o próprio vizinho “usava miúdos como sua namorada”.
“Há semanas fiquei a saber que um tio violava sexualmente o seu sobrinho. Fiquei revoltada e senti pena dessa criança. Afinal, o meu próprio filho também passava por isso. É chocante, principalmente quando isto é feito por alguém que convive connosco”, desabafou a senhora.
O presumível estuprador só não foi submetido a sevícias pela população porque a Polícia interveio a tempo.
Refira-se que um adolescente de 17 anos de idade foi igualmente abusado sexualmente, durante vários meses, no bairro George Dimitrov, na capital moçambicana, pelo seu próprio tio com mais de 35 anos.
O suspeito está a contas com as autoridades e a vítima, órfã de pais, chegou a ser encaminhado ao hospital por conta das lesões resultantes do abuso sexual repetitivo, bem como agressões físicas.
via @Verdade - Últimas http://ift.tt/2fu0fUS
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