A ausência de boletins de saúde, as precárias condições de higiene nos armazéns e estabelecimentos comerciais, a venda de produtos fora do prazo, a falta de afixação de preços, a viciação de pesos de produtos pré-medidos, o exercício da actividade económica sem os respectivos alvarás, são algumas anomalias, entre várias, que ainda persistem no circuito comercial moçambicano.
Os problemas acima arrolados são sobejamente conhecidos e crónicos no comércio moçambicano. Contudo, a intensificação das acções inspectivas, em particular nos mercados, tem sido notória e disseminada nas quadras festivas.
Segundo a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE), dos 368 estabelecimentos comerciais e empresas fiscalizados, de 21 a 25 de Novembro prestes a findar, em todo o país, pelo menos 60% delas foram autuados por cometimento de várias irregularidades.
Apesar das multas e outras formas de punição que têm sido impostas por aquela instituição do Estado, as infracções prevalecem no terreno e, nalgumas vezes, os consumidores acham isso normal, a ponto de pouco denunciarem.
Os mercados grossistas, os centros comerciais, as bombas de combustível, as estâncias turísticas, são alguns estabelecimentos fiscalizados, de acordo com Maria Freitas, inspectora-geral da INAE.
Em conferência de imprensa, em Maputo, Maria Freitas manifestou preocupação em relação à persistente comercialização de produtos fora do prazo nas zonas centro e norte de Moçambique.
Esta prática, que pode acarretar riscos à saúde pública, incide sobremaneira províncias da Zambézia e de Nampula.
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