Uma milícia étnica Nande no leste da República Democrática do Congo matou pelo menos 13 civis Hutu neste domingo, com armas e facões, em um aparente ataque de vingança pelas mortes de civis Nande na semana passada, disse um activista local.
Massacres de represália por milícias Hutu e Nande no leste da província de Kivu, no Congo, já mataram dezenas de pessoas este ano. As relações entre as comunidades se agravaram devido a movimentos da população e operações do exército congolês contra a maior milícia Hutu na área.
A violência miliciana em todo o país aumentou na última semana, elevando temores de que a instabilidade política causada pelos problemas com o mandato do Presidente Joseph Kabila possa alimentar uma onda de conflitos localizados, causados pelo vácuo na segurança local.
Mai Mai Mazembe, milícia predominantemente Nande, atacou a cidade de Nyanzale na manhã de domingo, disse Innocent Gasigwa, porta-voz da Sociedade Civil do território Rutshuru, acrescentando que dois milicianos também haviam sido mortos.
"Essa deve ser a resposta pela última vez", disse Gasigwa, referindo-se ao ataque de quinta-feira pela Nyatura, milícia étnica Hutu, que matou pelo menos 17 civis em vila próxima.
Um porta-voz do Exército não foi imediatamente encontrado para comentar. Pelo menos 40 pessoas morreram na semana passada em protestos contra a recusa do Presidente Joseph Kabila de renunciar ao final do seu mandato constitucional, na última terça-feira.
O Governo afirma que ele continuará no cargo até que uma eleição possa ser organizada em 2018.
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