O Bahrein executou neste domingo três muçulmanos xiitas acusados de matarem três policiais em um ataque a bomba em 2014, nas primeiras execuções do tipo em mais de duas décadas, gerando condenações por parte de autoridades estrangeiras na região e além.
Activistas no Bahrein reagiram com raiva à ação, chamando-a de "dia negro" para o reino do Golfo Árabe e postando imagens de manifestantes em confronto com a polícia nas redes sociais. A Reuters não conseguiu verificar os protestos.
As execuções ocorrem menos de uma semana após a mais alta corte do país confirmar a punição contra Abbas al-Samea, 27, Sami Mushaima, 42, e Ali al-Singace, 21, considerados culpados pela morte de um policial dos Emirados Árabes e dois policiais do Bahrein.
O Irão, forte crítico do governo do Bahrein liderado por sunitas, chamou as punições de "imprudentes". "O governo do Bahrein demonstrou que não busca uma resolução pacífica e uma saída para a crise", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Bahram Oasemi, citado pela agência de notícias oficial IRNA.
Tais execuções são extremamente raras na pequena ilha do Golfo Árabe. O último caso semelhante envolvendo um xiita bareinita ocorreu em 1996.
O secretário britânico de Relações Exteriores, Boris Johnson, disse em comunicado que a Grã-Bretanha se opõe à pena de morte e "levantou a questão com o governo bareinita."
A maioria xiita da população do Bahrein tem acusado há décadas os governantes sunitas de discriminação em relação a trabalho, moradia e voz política.
O Bahrein disse que o vizinho xiita Irã tem apoiado a violência no reino em uma tentativa de ampliar sua influência, acusação que Teerão nega.
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