O corpo do delegado político do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Mateus Filipe Chiranga, assassinado a tiros, na sua residência, há oito dias, no distrito de Tambara, província de Manica, foi localizado a centenas de quilómetros do local do crime.
A vítima, que também era professor em Tambara, encontrou a morte no domingo (15) antepassado, na zona de Nhacafura e corpo tinha desaparecido, supostamente com as pessoas que perpetraram tal acto.
Uma semana depois, o cadáver, já em estado de decomposição, foi achado em Matsinho (Manica), a pouco mais de 400 quilómetros de onde ocorreu o assassinato.
O MDM considera-se vítima e politicamente afrontada, uma vez que, ao contrário da Renamo e do Governo da Frelimo, não possui armas.
Testemunhas contaram que Mateus Chiranga foi interpelado por dois indivíduos desconhecidos e convidaram-no para acompanhá-los. Ele foi baleado por resistir, ao mesmo tempo que procurava saber a identidade dos seus interlocutores.
Coube a Geraldo Carvalho, chefe da Mobilização e Propaganda do MDM reconhecer o corpo na morgue do Hospital Provincial de Chimoio (HPI).
A Polícia em Manica, que inicialmente considerou prematuro concluir que Mateus Chiranga tinha sido morto, disse que está a levar a cabo um trabalho vista a esclarecer o caso.
Porém, os familiares da vítima não realizaram o funeral – e até ao fecho desta edição não havia data prevista para o efeito – por impedimento das autoridades policiais e da saúde, alegadamente para efectuar uma perícia com vista ao esclarecimento do homicídio.
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