Um sargento da Polícia da República de Moçambique (PRM) e instrutor de Ordem Legal na Escola de Formação de Matalana, identificado pelo nome de N. Baptista, está detido, há dias, suspeito de pertencer a uma gangue que protagonizava assaltos à mão armada nos distritos de Marracuene e Manhiça.
Segundo o @Verdade apurou, o visado cometia desmandos em conexão com o seu primo, ora em parte desconhecida. Os outros elementos do grupo formado por este bando estão igualmente a ver o sol aos quadradinhos.
Ele foi interceptado pela Polícia algures no bairro de Khongolote, no município da Matola, e conduzido às celas do Comando Distrital da PRM em Marracuene, onde igualmente está encarcerado um outro cidadão de nome L. Cossa. Este declarou-se, de pés juntos, que é inocente e está preso por ser amigo do primo do instrutor. Por isso, considerou que a prisão injusta. “Nunca cometi nenhum crime”.
Baptista alegou que a sua suposta ligação com o delito em causa resulta do facto de a 30 de Dezembro passado ter emprestado o seu carro ao primo foragido. E, em vez de ser o primo a devolver a viatura, foi um vizinho a fazê-lo. Não desconfiou que alguma coisa errada estava a acontecer.
Aliás, para a corporação, Baptista é a mesma pessoa que, há sensivelmente três anos, apareceu numa fotografia difundida nas redes sociais, envergando fardamento das Alfândegas e era indiciado de extorsão a vários cidadãos.
Endossando a teoria de crime, a Polícia fez saber igualmente que o sargento e os seus comparsas praticavam desmandos na vila da Manhiça e na área da Feira Agro-Pecuária, Comercial e Industrial de Moçambique (FACIM), usando uma viatura cuja descrição não nos foi fornecida.
Na tentativa de convencer a PRM de que houve engano em relação ao seu envolvimento no crime de que é acusado e recuperar o bom nome, o visado argumentou que os seus superiores hierárquicos sabem e podem testemunhar que na fotografia em alusão ele aparece porque estava em missão de serviço, no Estádio da Machava, na celebração do “dia da independência”.
Refira-se que este é apenas um exemplo de muitos casos de policiais que se envolvem em crime e mancham o bom nome da corporação.
Até há policiais que alugam armas de fogo a bandidos para a prática de delitos. Tal é o caso de Cândido de Almeida Safur e Joaquim Munogarepi, de 42 e 43 anos de idade, membros da PRM afectos ao Comando Distrital de Chibabava (Sofala), condenados a 24 anos de prisão maior, pela 5ª secção do Tribunal Judicial de Sofala.
A lista de policiais envolvidos em crimes é extensa. Pode-se ainda citar os casos Calisto, que ocupava o cargo de inspector da PRM e chefe da brigada da Polícia de Investigação Criminal; Faustino Artur, inspector principal da PRM; Victor Arone, subinspector da PRM, e Tadeu Gaspar, sargento da PRM, detidos em conexão com o roubo de 12 cornos de rinoceronte, dos 65 apreendidos a 12 de Maio do ano passado, numa residência no município da Matola.
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