O Presidente de Moçambique, que também é presidente do partido Frelimo, em evidente pré-campanha eleitoral prometeu às vítimas do ciclone Dineo “a nossa prontidão de tudo fazer para, em menos tempo, conseguirmos repor o que ficou destruído”, na província de Inhambane. Contudo o @Verdade apurou que as escolas danificadas durante época chuvosa 2014 - 2015 só este ano deverão começar a ser repostas, “foram escolhidas três províncias onde os danos foram maiores, mas há outras provinciais que vão permanecer sem escolas”, revelou o director nacional de Infra-estruturas e Equipamentos Escolares do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), Antonino Grachane, que precisou que para a reconstrução das salas de aula danificadas pelo Dineo será necessário desenhar outro projecto.
Balanço do Governo indica que durante a época chuvosa 2014 – 2015, pelo menos 989 escolas, perfazendo um universo de 3.344 salas de aula, ficaram total e/ou parcialmente danificadas, afectando 237.449 alunos e 2.852 professores.
Em entrevista ao @Verdade o director nacional de Infra-estruturas e Equipamentos Escolares do MINEDH, revelou a a existência de “(...)um programa que designamos projecto de construção resiliente de emergência. Este projecto é um projecto que está com 10 milhões e 800 mil dólares para o sector de Educação, é multi-sectorial”.
“Esse valor vai ser investido na reabilitação de 433 salas convencionais e reposição de 1038 salas de construção precária por salas de construção mista. O material há-de ser por um lado convencional e por outro local. Este projecto vai abarcar três províncias, Zambézia, Nampula e Niassa”, disse a Grachane, explicando que a disponibilidade financeira só permite a reposição de parte das escolas danificadas.
O responsável pelas infra-estruturas escolares precisou que na província da Zambézia vão ser edificadas 768 as salas de construção mista e 253 em material convencional. Na província de Nampula vão ser construídas 170 salas com material misto e outras 151 convencional. Já na província do Niassa serão erguidas 101 salas usando material misto e 29 com material convencional.
Antonino Grachane explicou que construção mista “há-de ser por um lado cimento, pedra e a areia e por outro estacas, argila, paus”, todavia estas salas de aulas vão “obedecer a normas de resistência destes materiais”.
“O objectivo fundamental deste projecto é restaurar a funcionalidade das infra-estruturas afectadas pelas cheias no período 2014 – 2015”, acrescentou. Este projecto de construção resiliente de emergência vai durar 3 anos, “neste momento está em curso a contratação de uma equipa de gestão”, portanto só em 2020 é que as salas destruídas em 2014 – 2015 estarão repostas.
Salas de aula danificadas pelo Dineo sem data prevista de reconstrução
O balanço mais recente do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades(INGC) sobre o impacto do ciclone Dineo, na província de Inhambane, indica que 835 salas ficaram totalmente destruídas e 1.387 foram parcialmente danificadas, afectando 160 mil estudantes.
O @Verdade questionou ao director nacional de Infra-estruturas e Equipamentos Escolares para quando está prevista a sua reposição, afinal a reconstrução está acontecer pelo menos dois anos após ficarem danificadas. “Não sei como é que nós faríamos as contas, mas nós com este projecto das 1000 salas(o Escola Segura), se a coisa for feita com cabeça tronco e membros nós estancamos esta coisa de andar sempre a reconstruir depois das chuvas, obedecemos a uma construção resiliente, as que foram construídas permanecem reconstruídas e como vê foram escolhidas três províncias onde os danos foram maiores, mas há outras provinciais que vão permanecer” sem salas de aulas para os alunos. “O que é preciso é haver mais dinheiro”, desabafou.
Antonino Grachane destacou que as 84 que vão ser edificadas na província de Inhambane, no âmbito do “Escola Segura” já estavam previstas e os locais identificados antes do ciclone Dineo fustigar a província, portanto não irão colmatar a falta que fazem as infra-estruturas escolares danificadas nesta época chuvosa.
O INGC procedeu a reposição de emergência de parte das 2.222 salas de aula danificadas pelo Dineo, “foram repostas 1.461, sendo que 1.424 com base em chapas de zinco e lonas e 37 com recurso a tendas”.
Para a reconstrução definitiva desta infra-estruturas escolares afectadas pelo Dineo será necessário “desenhar outro projecto igual a este já de reabilitação, onde havia escola e foi destruída pelo ciclone”, declarou o director nacional de Infra-estruturas e Equipamentos Escolares do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.
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