Um tremor de terra registado as 19h40(hora local) desta segunda-feira(03) com epicentro no Botswana teve uma magnitude 6,5 na escala de Richter. O seu efeito fez a terra também tremer em Moçambique, no Zimbabwe e na África do Sul. “Estava sentado, senti a cadeira a mexer, o candeeiro abanava e mesmo quando me levantei senti o prédio a sacudir”, relatou ao @Verdade uma cidadã residente num 12º andar na cidade de Maputo.
O epicentro do sismo foi estabelecido a 229 quilómetros a noroeste de Gaberone, a uma profundidade de pouco mais de 10 quilómetros de acordo com o Centro de Pesquisa Geológica dos Estado Unidos da América, entidade que monitora os tremores de terra em todo globo em tempo real.
Foi o mais forte sismo jamais registado no Botswana, onde há cerca de um mês foi registado outro que teve uma magnitude 5,8.
Em Moçambique o abalo foi sentido principalmente na cidade de Maputo, pelos citadinos que moram nos prédios altos.
“Parecia que estava a ter vertigens, o candeeiro da sala balançou”, relatou Vanda. “Foi longo, cerca de 2 minutos, ainda levantei me para espreitar pela janela e balancei”, contou-nos Salomão. “Eu aqui no bairro de Maxaquene a minha cama tremeu alguns segundos”, afirmou Abreu. “Sentiu-se bastante nos andares alto”, declarou Abdul.
Uma jovem identificada como Kelly confirmou que o sismo foi sentido na cidade da Beira no Centro de Moçambique, e há relatos de cidadãos que também o sentiram no Chimoio, na província de Manica.
O Instituto Nacional de Minas (INAMI), entidade responsável pela monitoria da actividade sísmica em Moçambique, disse em comunicado ainda na noite de segunda-feira que “está no terreno a monitorar a situação”. “Até ao momento não foram reportados perdas de vidas humanas e danos matérias em Moçambique”, acrescentou a instituição num comunicado de imprensa recebido pelo @Verdade.
Entretanto medias sul-africanos reportam que o abalo foi sentido no País vizinho, onde às 5h08 desta segunda-feira(03) outro tremor de terra foi registado com a magnitude de 5,2 na província de North-West, a cerca de 150 quilómetros de Johannesburg.
Outros medias reportam que o sismo do princípio da noite no Botswana foi sentido no Zimbabwe, Lesotho e na Suazilândia.
Até ao fecho desta edição não havia relatos de danos assinaláveis de perdas humanas, a região do epicentro não é muito povoada. Contudo modelos computorizados do Centro de Pesquisa Geológica dos Estado Unidos da América estimem que 25,8 milhões de pessoas podem ter sentido o tremor de terra, 56 mil podem ter sentido um abalo “forte”.
Embora o abalo sentido resulte de um sismo num País vizinho, Moçambique é propenso a fenómenos naturais idênticos pois é atravessado pela Grande Fenda africana, também conhecido por “Vale de Rift”, que é um complexo de falhas tectónicas existente há cerca de 35 milhões de anos, desde a ponta do Rovuma até a zona norte das províncias de Gaza e Inhambane. Geologicamente, as províncias de Manica e Sofala são as mais afectadas por tremores de terra.
De acordo com o plano de contingências do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, na eventualidade de um sismo forte, cerca de 22,807 pessoas estão m risco de ser afectadas em Moçambique.
Em 2006 o tremor mais forte de que há memória, que atingiu 7,5 na escala de Richter, sacudiu a terra com epicentro na região de Espungabera, na província de Manica, deixou pelo menos quatro mortos, dezenas de feridos e causou pânico do Centro ao Sul de Moçambique.
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