Uma jovem de 29 anos de idade, identificada pelo nome de Suzana Mafumo, encontra-se presa, acusada que queimar gravemente o namorado, na madrugada do último domingo (02), no bairro Luís Cabral, na capital moçambicana, com recurso a óleo quente de cozinha. Trata-se de mais um caso tipificado como de violência domestica, a par dos outros que ocorreram, entre Fevereiro e Março deste ano, nos municípios da Matola, de Xai-Xai e Quelimane.
Este recente episódio ocorre numa altura em que a sociedade mal consegue digerir a tamanha violência que abala sobremaneira os centros urbanos.
O ofendido responde pelo nome de Sebastião Moiane, também de 29 anos de idade.
Segundo os familiares, na noite de sábado (01) a agressora dirigiu-se à casa do namorado, levando consigo na bolsa um litro de óleo, uma panela, um fogão eléctrico e outros utensílios, como se fosse preparar alguma refeição.
Já na madrugada de domingo, não se sabe por que carga de águas Suzana abandonou o seu parceiro na cama e foi aquecer óleo para materializar os seus planos. A vítima foi regada o corpo, a cara e os membros superiores com o referido óleo quente.
Ninguém se o casal teve antes ou não uma discussão. Contudo, os parentes de Sebastião disseram que os dois viviam discutindo, mas ninguém imaginava que a briga havia terminar e desgraça.
O óleo estava tão quente de tal sorte que destruiu uma parte das almofadas que o casal usava e havia ainda vestígios de sangue na cama.
Enquanto Sebastião era socorridos pelos familiares para o Hospital Central de Maputo (HCM), Suzana já tinha fugido, mas hora depois caiu nas mãos da Polícia.
Eles estavam juntos há pelo menos sete anos, tempo durante o qual a jovem alegou ter sofrido maus-tratos e humilhações, por isso, decidiu vingar-se do namorado naquele dia.
Este é o segundo caso em duas semanas. O último aconteceu a 19 de Março, na cidade de Quelimane, província da Zambézia, onde uma mulher de 33 anos de idade, identificada pelo nome de Samira Martins, foi detida, acusada de queimar gravemente o marido com recurso a gasolina e vela, causando-lhe queimaduras do primeiro e segundo graus em mais de 40% do corpo, por razões passionais.
A vítima responde pelo nome de Anselmo Edgar e encontra-se sob cuidados médicos no Hospital Central de Quelimane (HCQ).
Mas antes destes dois casos houve outros que deixaram a sociedade perplexa. Um deles deu-se a 04 de Fevereiro passado, no bairro Tsalala, na Matola, onde uma jovem de nome de Anifa Maulele também regou o corpo do marido com recurso a óleo quente de cozinha, de madrugada, depois de uma briga em resultado de o esposo ter tirado satisfações sobre a constante infidelidade de que era alegadamente vítima.
O cidadão respondia pelo nome de Rúben Matsombe contraiu ferimentos graves e o seu rosto estava desfigurado. Infelizmente, dias depois, ele morreu no HCM, onde lutava pela vida.
Sobre este tipo de situações, Inácio Dina, o porta-voz do Comando-Geral da PRM, sugeriu, há dias, que os casais desavindos por alguma razão deviam optar pelo divórcio se não encontrassem uma solução pacífica.
“Não estamos a incentivar divórcios, mas quando uma relação não tem condições para continuar, no lugar de se atingir o extremo de se tirar a vida ou mutilar-se, é melhor arranjar outra solução que não prejudique as crianças ou as famílias”, disse o agente da Lei e Ordem.
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